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segunda-feira, 27 de maio de 2024

Deficiência no hormônio do crescimento: Intervenção precoce é fundamental

 Doença que afeta uma em cada 4 mil crianças pode ter efeitos minimizados graças a diagnóstico precoce 

 

A deficiência no hormônio do crescimento é uma doença caracterizada pelo atraso no crescimento e atinge uma a cada 4 mil crianças no mundo. A doença pode ser congênita ou se desenvolver após o nascimento e é devida a problemas que afetam a hipófise, glândula localizada na parte inferior do cérebro, responsável pela produção de hormônios. A avaliação periódica realizada por pediatra , permite a suspeita de baixa estatura e o encaminhamento para um diagnóstico mais preciso e tratamento adequado.

Para o Dr. Mário Roberto Hirschheimer, pediatra e endocrinologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, a identificação da deficiência desse hormônio é a estatura aliada à baixa velocidade de crescimento a idade da criança, segundo parâmetros das curvas de crescimento e a assimetria com estatura alvo da família, calculada a partir da altura dos pais biológicos.

“A avaliação periódica da criança é importante para acompanhar a normalidade do crescimento e da evolução neurológica, além de diagnosticar síndromes e promover a estimulação e a intervenção precoce quando identificado qualquer desvio. A finalidade é impedir progressos de agravos e garantir o pleno desenvolvimento da criança”, afirma o pediatra.

 

Diagnóstico 

Para o diagnóstico, é feita uma análise cuidadosa, que inclui a história clínica detalhada do paciente, ou seja, o acompanhamento desde condições de gestação, parto e nascimento, doenças prévias e respectivos tratamentos, além de doenças hereditárias ou familiares, avaliação das aferições sequenciais anteriores de peso e altura e medida das proporções corpóreas, como a relação entre altura sentado e altura em pé, comparando com curvas padrões de normalidade, segundo sexo e idade. Nos casos que apresentam anormalidade nos resultados da avaliação médica, o paciente é submetido a uma investigação com exames complementares, entre eles, a radiografia de mão e punho para avaliar se a idade óssea coincide com a cronológica. “Uma idade óssea significativamente menor que a idade cronológica mostra que há atraso de crescimento causado por uma doença orgânica, dentre elas a deficiência do hormônio do crescimento”, explica o Dr. Hirschheimer.

 

Tratamento
A reposição do hormônio do crescimento sintético (hormônio de crescimento humano recombinante - rhGH) é o único tratamento disponível e deve ser acompanhada por um especialista, que irá indicar a dose correta para cada paciente individualmente, pois inúmeros fatores influenciam na resposta da criança ao rhGH, dentre eles: idade do início do tratamento, da fase de evolução da puberdade e da resposta individual à dose prescrita. 

“O objetivo do tratamento com rhGH é a adequação da estatura do paciente para a idade, sexo e estágio da puberdade, de acordo com a população geral e o canal familiar calculado, ou seja, a estatura alvo familiar. Também se busca a readequação da composição corporal e melhora da qualidade de vida. Geralmente, estes objetivos são atingidos com a individualização das doses da medicação”, explica o médico.

 

Hospital Santa Catarina

 

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