Como os seres humanos, eles também precisam de ambientes climatizados e sem aglomeração para afastar riscos durante oscilações térmicas
Manhãs geladas, mas tardes que podem ultrapassar os
25 graus. Ondas de frio intenso e veranicos que chegam a surpreender até os
meteorologistas. Nas últimas semanas, especialmente na região Sul do Brasil, o
desafio foi preparar o guarda-roupa e a saúde para tantas mudanças. Mas como
ficam os pets? É possível minimizar o impacto das oscilações térmicas e afastar
o risco de doenças?
Quem responde é o médico veterinário Harald Fernando
Vicente de Brito, também professor de doenças infecciosas da pós-graduação da
Faculdade Qualittas. “Apesar dos animais se adaptaram de maneira mais
significativa às condições térmicas, pois evoluíram sem usar roupas, é preciso
redobrar a atenção e os cuidados”, alerta.
A principal recomendação é tentar manter uma
temperatura confortável no ambiente no qual o pet tem predileção. Para saber
qual temperatura basta ter como base a sua própria percepção. “Se está
agradável para você provavelmente estará para o animal”, explica. “Nas ondas de
frio intenso, um sinal típico de que o animal não está bem é o tremor. Assim
como nós, eles também tremem quando têm frio”, completa. Usar aquecedores,
deixar à disposição camas quentinhas, recorrer às roupinhas e evitar ambientes
com aglomeração de humanos e outros animais são atitudes que podem reduzir a
incidência das principais doenças respiratórias no inverno. “Nos dias mais
frios é mais fácil a transmissão de doenças infecciosas, pois os vírus e as
bactérias ficam viáveis por mais tempo”, detalha.
O veterinário cita a traqueobronquite, que pode ser
considerada como uma gripe no cão, e a rinotraqueite, doença do trato
respiratório dos gatos. “Geralmente em locais com inverno mais rigoroso, essa é
uma época em que as creches devem ser evitadas”, sugere. Fazer uso de roupinhas,
especialmente durante os passeios ao ar livre, é um bom recurso, mas o animal
deve ser respeitado. “Aqueles que demonstram irritabilidade quando estão com as
roupas ou durante a tentativa de vesti-las devem ser respeitados, ou seja,
devem ficam sem as roupinhas”, orienta.
E quando a temperatura sobe e, de repente, o calor
chega? Assim como os pets sofrem com o frio também podem apresentar sinais de
que o calor é prejudicial. “Nos cães é mais fácil perceber isso, pois eles
ficam ofegantes, mas se você perceber que o animal está procurando um local
mais fresco, como pisos frios e sombras, ele deve estar com calor”, explica.
Nesse cenário, a principal recomendação é mantê-los hidratados. “Hipertermia,
que é o aumento da temperatura do corpo sem ser por febre, e diarreia são
quadros que podem aparecer em períodos de calor intenso e que requerem a ajuda
de profissionais”, aponta. Por fim, o veterinário destaca que manter os pets
com as vacinas em dia é uma excelente atitude, mas é preciso lembrar que as
vacinas não são completas. “Por isso as recomendações citadas, tanto para dias
de muito calor, quanto para os dias frios, fazem diferença na saúde do animal”,
conclui.
Faculdade Qualittas
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