Dados do Censo 2022 mostram que população brasileira não cresceu na medida esperada, o que pode interferir no desejo de brasileiros de conquistarem a sonhada aposentadoria.
No início deste ano, a previdência social completou 100
anos de existência. Para muitos trabalhadores, o momento de aposentadoria
representa descanso, mais tempo com a família e viagens. Porém, segundo o IBGE,
talvez esse desejo tenha que ser adiado para alguns brasileiros.
Dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística no fim de junho, mostram que a população está menor
do que as sondagens previam. São 203 milhões de habitantes, 4,7 milhões a menos
do que o esperado. Além disso, desde 2010, o Brasil registrou uma média de
0,52% de crescimento populacional por ano, a menor taxa da história.
Esses números, aliados com uma expectativa de vida maior,
chamam atenção para o fato de que a manutenção da previdência social atual, em
que as pessoas em idade produtiva trabalham e pagam por quem já se aposentou,
pode ser insustentável. Visto que, com a queda da natalidade, pode existir
disparidade entre o número de trabalhadores e de aposentados.
Para driblar esse porém, existem algumas alternativas. Uma
delas, é a previdência privada. Ou seja, uma aposentadoria sem vínculo ao
governo federal, em que o trabalhador investe durante um período, para, no
futuro, ter uma renda passiva recorrente. “É uma forma eficaz de complementar a
aposentadoria paga pelo INSS. A previdência privada pode contribuir para a
realização de sonhos, como uma viagem, mas, especialmente, para manter uma vida
tranquila”, destaca a Gerente de Produtos e Serviços do Sicoob Credicapital,
Angela Borsatto Lopes Dias, sobre a importância de contar com esse
recurso.
Outro ponto a ser levado em consideração, é que os
tratamentos e cuidados com a saúde aumentam com a chegada da terceira idade, o
que também reflete no bolso, comprometendo parte do orçamento mensal.
Novamente, levantando a necessidade de se planejar com antecedência.
Angela ressalta ainda um ponto essencial para se ter uma
previdência privada: “É preciso disponibilidade para aplicar um valor
determinado todos os meses”. Além disso, para pessoas abaixo de 25 anos, a
contribuição mínima deve ser de R$ 50 ao mês, já pessoas acima dessa idade,
devem contribuir ao menos R$ 100 mensais.
Isso significa que pessoas mais próximas da aposentadoria
não podem investir? Não! Para isso, existe o regime progressivo, que é indicado
para investimentos de curto prazo.
Para saber quanto é necessário investir, com base no valor
em que se deseja ter de renda mensalmente, é possível fazer uma simulação
através do site “Renda Futura” do Sicoob, pelo link http://simulador.sicoobprevi.com.br/.
Diferença entre PGBL e VGBL
Quem pesquisa sobre previdência privada, se depara com os
termos PGBL e VGBL. O primeiro significa Plano Gerador de Benefício Livre, ele
possibilita que os aportes mensais sejam deduzidos da base do Imposto de Renda,
até o limite de 12% da renda bruta tributável. Dessa forma, é mais indicado
para quem declara o IR de forma completa e possui mais despesas com plano de
saúde, educação, dependentes. Também nessa modalidade, o imposto é cobrado
apenas ao fim do período de investimento, considerando o capital e os rendimentos,
ou seja, o valor total.
Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é considerado
como um seguro de pessoa individual, que paga uma indenização sob forma de
renda ou pagamento único, conforme regras estabelecidas em contrato, sendo
utilizado como previdência complementar. Assim como no PGBL, o imposto é
cobrado apenas ao fim da aplicação, porém, apenas sobre os rendimentos. Ele é
mais indicado para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário simplificado
e o investimento pode passar de 12% da renda anual.
Outras formas de investimento
A previdência privada pode ser vista como um investimento
a longo prazo, porém, quem não consegue travar o orçamento mensal com um valor
fixo, pode optar por outros modelos de investimento, que também oferecem
segurança, como a poupança ou o RDC (Recibo de Depósito Cooperativo), garantido
pelo FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo), podendo ser aplicado em um
prazo máximo de até 5 mil dias.
Ambos são investimentos de renda fixa, ou seja, ao início
do investimento é possível ter uma previsão de quanto o valor terá rendido no
prazo determinado, tornando o planejamento futuro mais visível.
Milena Lemes -
Assessora de Comunicação Sicoob Credicapital
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