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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Previdência social: modelo atual de investimento será suficiente para todos no futuro?

 

Dados do Censo 2022 mostram que população brasileira não cresceu na medida esperada, o que pode interferir no desejo de brasileiros de conquistarem a sonhada aposentadoria. 

No início deste ano, a previdência social completou 100 anos de existência. Para muitos trabalhadores, o momento de aposentadoria representa descanso, mais tempo com a família e viagens. Porém, segundo o IBGE, talvez esse desejo tenha que ser adiado para alguns brasileiros.

 

Dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no fim de junho, mostram que a população está menor do que as sondagens previam. São 203 milhões de habitantes, 4,7 milhões a menos do que o esperado. Além disso, desde 2010, o Brasil registrou uma média de 0,52% de crescimento populacional por ano, a menor taxa da história.

 

Esses números, aliados com uma expectativa de vida maior, chamam atenção para o fato de que a manutenção da previdência social atual, em que as pessoas em idade produtiva trabalham e pagam por quem já se aposentou, pode ser insustentável. Visto que, com a queda da natalidade, pode existir disparidade entre o número de trabalhadores e de aposentados.

 

Para driblar esse porém, existem algumas alternativas. Uma delas, é a previdência privada. Ou seja, uma aposentadoria sem vínculo ao governo federal, em que o trabalhador investe durante um período, para, no futuro, ter uma renda passiva recorrente. “É uma forma eficaz de complementar a aposentadoria paga pelo INSS. A previdência privada pode contribuir para a realização de sonhos, como uma viagem, mas, especialmente, para manter uma vida tranquila”, destaca a Gerente de Produtos e Serviços do Sicoob Credicapital, Angela Borsatto Lopes Dias, sobre a importância de contar com esse recurso. 

 

Outro ponto a ser levado em consideração, é que os tratamentos e cuidados com a saúde aumentam com a chegada da terceira idade, o que também reflete no bolso, comprometendo parte do orçamento mensal. Novamente, levantando a necessidade de se planejar com antecedência. 

 

Angela ressalta ainda um ponto essencial para se ter uma previdência privada: “É preciso disponibilidade para aplicar um valor determinado todos os meses”. Além disso, para pessoas abaixo de 25 anos, a contribuição mínima deve ser de R$ 50 ao mês, já pessoas acima dessa idade, devem contribuir ao menos R$ 100 mensais. 

 

Isso significa que pessoas mais próximas da aposentadoria não podem investir? Não! Para isso, existe o regime progressivo, que é indicado para investimentos de curto prazo. 

 

Para saber quanto é necessário investir, com base no valor em que se deseja ter de renda mensalmente, é possível fazer uma simulação através do site “Renda Futura” do Sicoob, pelo link http://simulador.sicoobprevi.com.br/.

 

Diferença entre PGBL e VGBL

Quem pesquisa sobre previdência privada, se depara com os termos PGBL e VGBL. O primeiro significa Plano Gerador de Benefício Livre, ele possibilita que os aportes mensais sejam deduzidos da base do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta tributável. Dessa forma, é mais indicado para quem declara o IR de forma completa e possui mais despesas com plano de saúde, educação, dependentes. Também nessa modalidade, o imposto é cobrado apenas ao fim do período de investimento, considerando o capital e os rendimentos, ou seja, o valor total.  

 

Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é considerado como um seguro de pessoa individual, que paga uma indenização sob forma de renda ou pagamento único, conforme regras estabelecidas em contrato, sendo utilizado como previdência complementar. Assim como no PGBL, o imposto é cobrado apenas ao fim da aplicação, porém, apenas sobre os rendimentos. Ele é mais indicado para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário simplificado e o investimento pode passar de 12% da renda anual. 

 

Outras formas de investimento

A previdência privada pode ser vista como um investimento a longo prazo, porém, quem não consegue travar o orçamento mensal com um valor fixo, pode optar por outros modelos de investimento, que também oferecem segurança, como a poupança ou o RDC (Recibo de Depósito Cooperativo), garantido pelo FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo), podendo ser aplicado em um prazo máximo de até 5 mil dias.

 

Ambos são investimentos de renda fixa, ou seja, ao início do investimento é possível ter uma previsão de quanto o valor terá rendido no prazo determinado, tornando o planejamento futuro mais visível. 

 

Milena Lemes - Assessora de Comunicação Sicoob Credicapital


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