Falta pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2024, quando eleitores votarão para escolher prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios brasileiros, e a procura por profissionais de marketing político já começou. Em outros tempos essa demanda surgia de novembro até meados de março. Segundo Marcelo Vitorino, professor de marketing político da ESPM, essa antecipação evidencia uma maior preocupação por parte dos políticos e partidos que precisam de tempo para trabalhar uma base sólida de candidatos. “A pré-campanha é ideal para começar a trabalhar na construção do candidato, na reputação e rejeição de um político, tem maior facilidade de impulsionamento, entre outras ações que planejadas com antecedência reforçam as chances do candidato em fazer uma boa campanha”, diz.
As mudanças nas regras eleitorais – maior
diversidade e elevação da cláusula de desempenho, que influenciam no cálculo da
divisão do fundo partidário e fundo eleitoral - também podem ter influenciado
essa antecipação pelos profissionais de marketing político. “São mais de 5 mil
municípios e mais de 400 mil candidaturas. Nem todas representadas por
políticos que queiram exercer a profissão e o partido precisa ter a diversidade
incluída entre os candidatos”, diz Vitorino que apoia uma maior representação
feminina e negra no legislativo. Porém, para o especialista, a criação de
tantos partidos enfraqueceu a base ideológica. “Se as pessoas não quiserem mais
se candidatar, em breve as eleições podem virar um comércio”, diz.
Sobre os profissionais de marketing, o especialista
diz que o mercado está aquecido, mas provavelmente não vai suprir a demanda.
“Vai faltar profissional”, diz.
Fonte: Marcelo Vitorino - professor de marketing
político da ESPM
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