Oito em cada 10 empregos em Minas Gerais, no período, foram gerados pelas micro e pequenas empresas
Nos seis
primeiros meses deste ano, as micro e pequenas empresas (MPE) seguem como
protagonistas na geração de empregos em Minas Gerais. De acordo com
levantamento feito pelo Sebrae Minas, com base no Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia, os pequenos negócios
geraram saldo de 109.867, de janeiro a junho, o que representa 77,5% do total
no estado. Somente no último mês do semestre, o saldo foi de 23.554 postos de
trabalho, 17% a mais que maio.
Nos seis
primeiros meses de 2023 foram registrados 982.581 contratações e 872.984
desligamentos nos pequenos negócios em Minas Gerais. O saldo significa um
ligeiro aumento de 9% no comparativo com o mesmo período de 2022, mas expressa
queda de 7% em relação aos seis primeiros meses de 2021.
“As micro e
pequenas empresas mineiras contribuíram ativamente para redução do desemprego e
para a geração de renda das famílias menos favorecidas. O cenário econômico
atual é mais estável com a redução da inflação, a elevação do Produto Interno
Bruto (PIB) - no primeiro trimestre - e um maior otimismo dos empresários.
Esses fatores podem ter influenciado novas contratações, depois dos momentos
difíceis causados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia”, ressalta o
presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
Regiões
e municípios
As micro e
pequenas empresas da Regional Centro do estado foram as que tiveram o melhor
desempenho nas contratações nos primeiros seis meses, com saldo de quase 35 mil
admissões. Em relação às cidades, Belo Horizonte foi o município mineiro com o
saldo mais elevado de contratações no primeiro semestre (17.130 novos postos de
trabalho).
Por sua vez, o
saldo gerado pelas médias e grandes empresas no primeiro semestre foi de
31.832, o que corresponde a 22,5% do total gerado no estado. Considerando
apenas o mês de junho, a diferença entre admissões e desligamentos nessas
empresas foi de 8% do total de empregos gerados (2.033).
Setores
e atividades
No primeiro
semestre, o setor de Serviços foi o principal gerador de empregos nas micro e
empresas mineiras, com um saldo de 49.805 vagas, seguido pela Agropecuária
(23.323) e Construção Civil (21.246). Em contrapartida, o Comércio teve o pior
resultado de empregos gerados nos pequenos negócios no período, com saldo
negativo de -1.041 vagas.
“O setor de
Serviços e a Agropecuária foram fundamentais na geração de vagas e compensaram
a queda no número de postos de trabalho gerados pelo Comércio, que sofre os
efeitos do corte de vagas temporárias no primeiro trimestre, após contratações
em massa no período do Natal. Outro fator determinante foi o aumento das vendas
das plataformas de comércio eletrônico da Ásia, que interferem nas demissões
até mesmo nas grandes empresas brasileiras”, justifica Marcelo Silva.
Entre as
atividades econômicas com maior potencial de geração de empregos no primeiro
semestre, o destaque foi para o cultivo de café, com saldo positivo de 13.031 vagas.
Em seguida, a construção de edifícios, com 4.913 vagas, e construção de
rodovias e ferrovias, com 4.036. Já o salário-médio nas contratações pago pelas
micro e pequenas empresas mineiras foi de R$ 1.774,77.
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