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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Pequenos negócios mineiros geram saldo de mais de 100 mil vagas de trabalho no primeiro semestre de 2023

Oito em cada 10 empregos em Minas Gerais, no período, foram gerados pelas micro e pequenas empresas

 

Nos seis primeiros meses deste ano, as micro e pequenas empresas (MPE) seguem como protagonistas na geração de empregos em Minas Gerais. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae Minas, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia, os pequenos negócios geraram saldo de 109.867, de janeiro a junho, o que representa 77,5% do total no estado. Somente no último mês do semestre, o saldo foi de 23.554 postos de trabalho, 17% a mais que maio.

 

Nos seis primeiros meses de 2023 foram registrados 982.581 contratações e 872.984 desligamentos nos pequenos negócios em Minas Gerais. O saldo significa um ligeiro aumento de 9% no comparativo com o mesmo período de 2022, mas expressa queda de 7% em relação aos seis primeiros meses de 2021.

 

“As micro e pequenas empresas mineiras contribuíram ativamente para redução do desemprego e para a geração de renda das famílias menos favorecidas. O cenário econômico atual é mais estável com a redução da inflação, a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) - no primeiro trimestre - e um maior otimismo dos empresários. Esses fatores podem ter influenciado novas contratações, depois dos momentos difíceis causados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia”, ressalta o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.


 

Regiões e municípios

 

As micro e pequenas empresas da Regional Centro do estado foram as que tiveram o melhor desempenho nas contratações nos primeiros seis meses, com saldo de quase 35 mil admissões. Em relação às cidades, Belo Horizonte foi o município mineiro com o saldo mais elevado de contratações no primeiro semestre (17.130 novos postos de trabalho).

 

Por sua vez, o saldo gerado pelas médias e grandes empresas no primeiro semestre foi de 31.832, o que corresponde a 22,5% do total gerado no estado. Considerando apenas o mês de junho, a diferença entre admissões e desligamentos nessas empresas foi de 8% do total de empregos gerados (2.033).


 

Setores e atividades

 

No primeiro semestre, o setor de Serviços foi o principal gerador de empregos nas micro e empresas mineiras, com um saldo de 49.805 vagas, seguido pela Agropecuária (23.323) e Construção Civil (21.246). Em contrapartida, o Comércio teve o pior resultado de empregos gerados nos pequenos negócios no período, com saldo negativo de -1.041 vagas.

 

“O setor de Serviços e a Agropecuária foram fundamentais na geração de vagas e compensaram a queda no número de postos de trabalho gerados pelo Comércio, que sofre os efeitos do corte de vagas temporárias no primeiro trimestre, após contratações em massa no período do Natal. Outro fator determinante foi o aumento das vendas das plataformas de comércio eletrônico da Ásia, que interferem nas demissões até mesmo nas grandes empresas brasileiras”, justifica Marcelo Silva.

 

Entre as atividades econômicas com maior potencial de geração de empregos no primeiro semestre, o destaque foi para o cultivo de café, com saldo positivo de 13.031 vagas. Em seguida, a construção de edifícios, com 4.913 vagas, e construção de rodovias e ferrovias, com 4.036. Já o salário-médio nas contratações pago pelas micro e pequenas empresas mineiras foi de R$ 1.774,77.



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