Países
desenvolvidos já criam soluções para o reaproveitamento desse recurso que é
escasso no planeta
Em relatório publicado em março deste ano, a ONU
lançou um alerta mundial para o risco de uma crise de escassez de água. De
acordo com o levantamento, o uso da água aumenta 1% ao ano nos últimos 40 anos
e a estimativa é que a taxa de crescimento continue neste ritmo até 2050.
O relatório aponta que, com a aceleração e a
disseminação da poluição da água doce, o cenário foi classificado como endêmico
e tem impacto local devido as estresse hídrico nos reservatórios.
É por essa razão que muitos países já desenvolvem
novas formas de tratamento de reuso e dessalinização da água do mar. “Já são
corriqueiros os esforços para a reutilização e reciclagem da água em países
asiáticos e europeus”, conta Jinesh Dedhiya, gerente de mercado do grupo GEMÜ,
com sede na Alemanha. “Cada vez mais governos e indústrias de diversos ramos,
como cervejarias e empresas químicas, estão se conscientizando sobre a
necessidade de reutilização, pois além de ser uma atitude sustentável, é também
uma forma de reduzir custos operacionais”, comenta.
Segundo o executivo, um bom exemplo é de Cingapura,
país asiático que já investe no reuso da água há pelo menos 20 anos. “Antes
dependente da água que importava da Malásia, Cingapura investiu em sistemas de coleta
de 100% da água da chuva por absorção do subsolo. Toda essa água é tratada e
reutilizada para uso humano e os resíduos são também reaproveitados na geração
de energia das estações de tratamento”, conta.
Marco do saneamento aumentará
investimentos no Brasil
Em julho de 2020, foi sancionado o Marco Legal do
Saneamento Básico, que estabeleceu metas para a universalização dos serviços de
água e esgoto e buscou atrair investimentos da iniciativa privada. O Marco deve
passar por alterações, mas ainda assim deverá incentivar o aumento dos
investimentos em tratamento de água. “As empresas públicas e privadas
brasileiras precisarão se preparar e buscar soluções sustentáveis e econômicas,
em parceria com fornecedores já experientes na implantação de processos de
tratamento de água”, comenta Jineshi.
Para Mateus Souza, gerente geral da divisão
industrial da GEMÜ do Brasil, a sustentabilidade do processo de produção será o
diferencial para seus parceiros de negócio. “O tratamento para reuso e
reutilização da água em indústrias, fábricas, frigoríficos, e quaisquer outros
negócios, é uma oportunidade real de contribuição com impacto positivo para
toda a sociedade. Além disso, o reaproveitamento da água é uma utilização
racional de recursos que traz economia em processos habitualmente caros”
comenta.
Com experiência de mais de 30 anos na implantação
de soluções em sistemas e válvulas para a indústria, a própria GEMÜ é hoje um
exemplo de empresa que preza pela sustentabilidade e oferece soluções
customizadas aos seus clientes. “Na Europa e na Ásia já somos parceiros
estratégicos no tratamento de água em diversos países. Desenvolver soluções
nessa área é um ponto forte da GEMÜ e a sustentabilidade é uma das nossas
preocupações ao desenvolver um produto”, conta ele.
Produção de cloro passa por
regulamentação
O tratamento de água para reuso e a dessalinização
são processos que requerem o uso de substâncias químicas, como o cloro, por
exemplo. Segundo Jineshi, ao usar cloro, é necessário cuidado na escolha
dos materiais dos equipamentos, priorizando o plástico para evitar corrosão.
“Processos industriais levam muitos componentes químicos que reagem de forma
diferente a cada material em que circulam ou são expostos. Por isso, a GEMÜ
customiza as soluções para cada cliente. Um exemplo são as válvulas borboleta e
válvulas diafragma, em materiais como plástico, adequado para produtos
corrosivos como o cloro”, completa.
Ainda sobre o cloro, já está em vigor uma
regulamentação mundial sobre a tecnologia usada para a produção e que fará com
que as fabricantes tenham que adaptar seus processos, retirando o uso do
mercúrio na separação do cloro. O mercúrio é um metal pesado altamente tóxico.
A nova tecnologia que já está sendo aplicada, conta com o uso de membranas na
separação do cloro, tirando o risco de contaminação trazido pelo mercúrio.
“A evolução rumo a soluções mais sustentáveis chega
a todos os ramos de negócios e cabe às empresas buscar alternativas
inteligentes, de qualidade e seguras para as pessoas e para o meio ambiente. E
é isso que nós da GEMÜ procuramos oferecer em nossos projetos”, finaliza
Mateus.
GEMÜ do Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário