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quarta-feira, 26 de julho de 2023

Os cuidados necessários com as hepatites virais

          É fundamental conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da hepatite viral. De acordo com o Ministério da Saúde, cansaço, febre, enjoo e dor abdominal são alguns dos sintomas causados pelas hepatites virais (tipos A, B e C), infecções que atingem o fígado e podem evoluir para sintomas graves. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,4 milhão de mortes por ano são causadas por complicações decorrentes dessas doenças no mundo. Para a coordenadora de Ciência, Inovação e Tecnologia do Laboratório São Paulo, Cláudia Assunção, manter o cartão de vacina se mpre atualizado, desde a infância, é a melhor forma de se manter protegido e se prevenir de doenças leves, moderadas e até as mais graves. “Tomar todas as vacinas recomendadas para a faixa etária é a melhor opção para combater os vírus e se prevenir de doenças leves, moderadas e até as mais graves”, ressalta Cláudia.

          O vírus da hepatite A está presente em águas ou alimentos lavados com águas contaminadas. Os sintomas são leves, como cansaço, tontura, dor na barriga, pele e olhos amarelados. O diagnóstico é feito por meio de exames de rotina para avaliar o funcionamento do fígado. Contudo, a pessoa passa a ter restrições de doações de sangue e de leite materno.

          A melhor maneira de se proteger contra o vírus da hepatite A é tomar as duas doses da vacina contra a doença. A imunização faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS e a dose é aplicada nas crianças a partir dos 15 meses a cinco anos incompletos. Já a dose de reforço, que amplia a proteção, só está disponível na rede privada, como nas clínicas e laboratórios.

          Adolescentes e adultos não vacinados só conseguem tomar a vacina na rede particular, são duas doses com intervalo de seis meses entre uma aplicação e outra. Já os idosos devem buscar orientação médica para autorização da vacina. As gestantes não devem tomar a vacina, somente se realmente for necessário e se todos os benefícios e riscos tiverem sidos avaliados junto ao médico.

         A população precisa também se prevenir contra a hepatite B (HBV) que é uma doença infecciosa e transmissível. A hepatite B não apresenta sintomas na fase inicial, mas se evoluir pode provocar complicações como, câncer de fígado ou a cirrose e ainda levar a necessidade de transplante. Por isso, as pessoas precisam tomar alguns cuidados, pois a transmissão da hepatite B é por meio do sangue contaminado. É preciso evitar compartilhar materiais como agulha, seringa, lâmina de depilar, alicate de unha e não manter relações sexuais sem proteção com pessoa contaminada.

          Assim como a hepatite A, a melhor maneira de se proteger contra a B é por meio da vacina.  Os recém-nascidos devem tomar a primeira dose nas primeiras 12 horas de nascido ou no máximo nos primeiros 30 dias. O reforço será com a vacina Pentavalente (hepatite B, difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae), que deve ser tomada em três doses com intervalo de 60 dias entre elas. Já as crianças a partir de cinco anos, que não tenham tomado a vacina da hepatite B, devem tomar três doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 180 dias entre a primeira e a terceira dose.

          A hepatite C do vírus HCV não tem vacina, mas é possível fazer o tratamento e evitar complicações, cerca de 95% das pessoas infectadas são curadas. Com isso é preciso ter um cuidado maior e evitar o contagio por meio de sangue contaminado e não compartilhar objetos de higiene pessoal. A mulher também pode passar a hepatite C para o seu filho durante a gestação ou no parto.


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