É fundamental conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da hepatite viral. De acordo com o Ministério da Saúde, cansaço, febre, enjoo e dor abdominal são alguns dos sintomas causados pelas hepatites virais (tipos A, B e C), infecções que atingem o fígado e podem evoluir para sintomas graves. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,4 milhão de mortes por ano são causadas por complicações decorrentes dessas doenças no mundo. Para a coordenadora de Ciência, Inovação e Tecnologia do Laboratório São Paulo, Cláudia Assunção, manter o cartão de vacina se mpre atualizado, desde a infância, é a melhor forma de se manter protegido e se prevenir de doenças leves, moderadas e até as mais graves. “Tomar todas as vacinas recomendadas para a faixa etária é a melhor opção para combater os vírus e se prevenir de doenças leves, moderadas e até as mais graves”, ressalta Cláudia.
O vírus da hepatite A está presente em águas
ou alimentos lavados com águas contaminadas. Os sintomas são leves, como
cansaço, tontura, dor na barriga, pele e olhos amarelados. O diagnóstico é
feito por meio de exames de rotina para avaliar o funcionamento do fígado.
Contudo, a pessoa passa a ter restrições de doações de sangue e de leite
materno.
A melhor maneira de se proteger contra o
vírus da hepatite A é tomar as duas doses da vacina contra a doença. A
imunização faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS e a dose é
aplicada nas crianças a partir dos 15 meses a cinco anos incompletos. Já a dose
de reforço, que amplia a proteção, só está disponível na rede privada, como nas
clínicas e laboratórios.
Adolescentes e adultos não vacinados só
conseguem tomar a vacina na rede particular, são duas doses com intervalo de seis
meses entre uma aplicação e outra. Já os idosos devem buscar orientação médica
para autorização da vacina. As gestantes não devem tomar a vacina, somente se
realmente for necessário e se todos os benefícios e riscos tiverem sidos
avaliados junto ao médico.
A população precisa também se prevenir contra
a hepatite B (HBV) que é uma doença infecciosa e transmissível. A hepatite B
não apresenta sintomas na fase inicial, mas se evoluir pode provocar
complicações como, câncer de fígado ou a cirrose e ainda levar a necessidade de
transplante. Por isso, as pessoas precisam tomar alguns cuidados, pois a
transmissão da hepatite B é por meio do sangue contaminado. É preciso evitar
compartilhar materiais como agulha, seringa, lâmina de depilar, alicate de unha
e não manter relações sexuais sem proteção com pessoa contaminada.
Assim como a hepatite A, a melhor maneira de
se proteger contra a B é por meio da vacina. Os recém-nascidos devem
tomar a primeira dose nas primeiras 12 horas de nascido ou no máximo nos
primeiros 30 dias. O reforço será com a vacina Pentavalente (hepatite B,
difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae), que deve ser tomada em
três doses com intervalo de 60 dias entre elas. Já as crianças a partir de
cinco anos, que não tenham tomado a vacina da hepatite B, devem tomar três
doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 180 dias
entre a primeira e a terceira dose.
A hepatite C do vírus HCV não tem vacina,
mas é possível fazer o tratamento e evitar complicações, cerca de 95% das
pessoas infectadas são curadas. Com isso é preciso ter um cuidado maior e
evitar o contagio por meio de sangue contaminado e não compartilhar objetos de
higiene pessoal. A mulher também pode passar a hepatite C para o seu filho
durante a gestação ou no parto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário