Bem-estar animal e
práticas social e ambientalmente corretas devem ser os pontos de partida para
uma oferta de produtos de qualidade
É fato que a produção de carne premium, por seu
alto valor agregado, é mais rentável para o pecuarista. Mas, afinal, o que é uma
carne premium? Será que seu diferencial está apenas no processo produtivo? Para
responder a essas e outras questões, a VetBR, mais completa distribuidora de
produtos para saúde animal do País, convidou uma especialista, que explica o
que realmente faz a diferença na produção da carne premium e mostra aos
pecuaristas como podem agregar valor ao rebanho.
Segundo a médica veterinária e promotora de vendas
da VetBR Bruna Ribeiro Pazetto, às vezes o pecuarista tem um rebanho voltado
para carne premium, mas nem todo gado corresponde às especificações. “Por isso,
na hora do abate é necessário fazer análises de espessura da carne e da
cobertura de gordura”, afirma, destacando que para a carne ser considerada
premium ela precisa ter no mínimo 8 milímetros de cobertura de gordura. “A capa
de gordura vai proteger o tecido muscular e evitar o encurtamento, o que vai
deixar a fibra mais macia e a carne mais saborosa. Com isso, depois do abate a
carne não vai endurecer”, explica.
A carne pode ser considerada premium por qualidades
intrínsecas, como a característica genética do animal, o marmoreio (gordura
intramuscular, depositada entre os feixes de fibras musculares), o sabor, a
maciez e a suculência. Também contam os fatores extrínsecos, referentes ao grau
de sustentabilidade e confiabilidade do produto para os consumidores finais. A
segurança para o consumo está vinculada às boas práticas da propriedade,
reconhecidas por certificação externa de bem-estar animal e de sustentabilidade
da produção, incluindo as condições adequadas de trabalho na fazenda.
O pecuarista interessado em produzir carne premium
deve ser orientado pela agenda ESG (sigla para fatores ambientais, sociais e de
governança). Afinal, a cada dia mais os clientes estão atentos a essas
questões. Segundo estudo da Opinion Box, empresa de pesquisa de mercado e
customer experience, quase 70% dos consumidores dizem habitualmente verificar
se as empresas adotam boas práticas antes de decidir por uma compra.
Especificamente, aspectos de sustentabilidade estão no topo das buscas dos
clientes.
A VetBR preparou cinco dicas para tornar a sua propriedade referência na
produção de carne de qualidade. Confira a seguir.
1) Reprodução
Escolha o reprodutor adequado para o rebanho. O
tamanho do animal deve ser proporcional ao da fêmea, o que vai garantir
bem-estar e um cruzamento mais tranquilo. A saúde do reprodutor também é
essencial.
2) Protocolo sanitário
No momento de preparação das fêmeas para prenhez,
aplicar o protocolo sanitário — como uma vacinação adequada — controla as
doenças reprodutivas e reduz o custo final do produtor com medicação.
3) Gestação
Todos os cuidados começam dentro do útero da fêmea.
A partir de 130 dias de gestação o animal tem maior demanda nutricional, que
deve ser atendida. Esse cuidado vai ajudar no desenvolvimento adequado dos
órgãos vitais e do tecido de músculo esquelético. “Se a matriz passar por
deficiência nutricional nesse período, o embrião que ela carrega, não produzirá
a quantidade de células musculares correspondente ao seu potencial
genético”.
4) Nascimento
É importante concentrar os nascimentos e fazer com
que os bezerros nasçam na melhor época possível, em período sem seca e com
oferta de pastagem. Além disso, a cura do umbigo deve ser feita da maneira
correta; caso contrário, o animal vai apresentar problemas de saúde durante
toda a sua vida.
5) Manejo nutricional
Fator que depende de região, raça e motivo da
produção. É necessário oferecer a nutrição adequada para o bezerro de cada
categoria: cria, recria e engorda paro o acabamento final. Isso vai interferir
diretamente na quantidade de gordura e no abate.
Para mais informações, consulte o site da VetBR: https://www.vetbr.com.br/conteudos-tecnicos/
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