De acordo com
Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, a atual crise
dos bancos americanos não deve afetar economia como em 2008
Nas últimas semanas, o mercado financeiro dos
Estados Unidos tornou-se foco das principais discussões ao redor do mundo,
principalmente após a recente falência de bancos conhecidos no país norte
americano.
No dia 10 de março, o Silicon Valley Bank - SVB,
teve sua falência decretada após mostrar incapacidade de devolver o dinheiro
depositado pelos clientes. No dia 12 do mesmo mês, o Signature Bank, que estava
prestes a entrar em colapso, foi tomado por controladores e teve a falência
decretada.
O Silicon Valley Bank era o 16º maior banco dos
Estados Unidos, comumente contratado por empresas de tecnologia e startups do
Vale do Silício. O Signature Bank, por sua vez, atuava no mercado de
criptomoedas.
O cenário causou grande preocupação em relação ao
mercado imobiliário. No entanto, de acordo com Daniel Toledo,
advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e
Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com
unidades no Brasil e nos Estados Unidos, a atual crise dos bancos americanos
não terá o mesmo impacto de outras crises já vividas pelo país. “Essas
instituições chegaram a esse ponto porque muitas pessoas deixam de pagar suas
hipotecas, e isso afeta diretamente a saúde financeira dessas empresas. Ainda
assim, não veremos um cenário parecido com o enfrentado em 2008, por exemplo”,
relata.
O advogado acredita que, atualmente, a economia dos
Estados Unidos é mais bem protegida contra esse tipo de eventualidade. “Em
2008, existia uma legislação completamente diferente, onde os bancos não
exigiam tantas garantias e proteções contra esse tipo de situação. Hoje, a
falência dessas instituições apresenta um impacto muito pequeno na economia em
geral”, pontua.
Embora não apresente grandes consequências, esse
tipo de incerteza pode ser vantajoso para aqueles que compram e alugam imóveis
nos EUA. “Os valores de mercados emergentes, como Texas, Alabama e Flórida,
estão se ajustando e diminuindo. Essa queda pode variar de 0,5% até 5% em
alguns casos, o que mostra um reequilíbrio econômico no setor imobiliário”,
declara Toledo.
Diferentemente do que acontece no Brasil, os
Estados Unidos possuem uma enorme quantidade de bancos, o que torna o mercado
como um todo mais competitivo e volátil. “Existem centenas de bancos pequenos e
médios nos EUA. Algumas instituições são passadas de geração para geração e,
nos dias de hoje, enfrentam dificuldades por não conseguir operar da mesma
forma que os já consagrados no país. Isso, com o tempo, faz com que essas
instituições entrem em falência ou, eventualmente, sejam compradas por bancos
maiores”, relata.
Para Toledo, o
pós-pandemia está afetando fortemente algumas empresas. “Muitos tiveram que
realizar empréstimos durante o período de alta da COVID e, atualmente, não
conseguem cumprir suas obrigações financeiras. Esse cenário, infelizmente, será
comum não só no Brasil ou nos Estados Unidos, mas em diversos países ao redor
do mundo”, finaliza.
Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 176 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos
Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br
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