Para garantir a
eficácia, as práticas ESG devem estar presentes em toda a cadeia produtiva das
grandes empresas
Há quase 20 anos surgia no mercado uma nova sigla
que logo se tornaria uma das mais usadas no mundo corporativo: ESG. A sigla
significa environmental, social and governance, em português: governança,
social e ambiental. Cunhada pelo Banco Mundial em 2004, a sigla
estabeleceu os três pilares do investimento sustentável e virou uma espécie de
“selo” de garantia para o mercado. Empresas que possuem uma governança bem
estruturada e que implantam políticas internas de responsabilidade ambiental e
social, além de apresentarem melhores resultados econômicos ao longo dos
últimos anos também valem mais no mercado financeiro.
Mas, a aplicação dessas políticas ainda é um
desafio para as grandes empresas do mercado brasileiro. Ainda não há legislação
ou normas conhecidas e estabelecidas para a prática ESG no mundo corporativo.
Expandir a prática ESG para toda a cadeia produtiva e envolver fornecedores,
distribuidores e clientes nesse processo ainda é a maior demanda das grandes
organizações brasileiras. E para atingir todos os stakeholders, contar com
consultoria especializada é fundamental: “O ESG transforma todo o modo de fazer
e pensar a empresa e sua cadeia produtiva. A responsabilidade social e ambiental
amplia os conceitos de governança para além da empresa. Nós trabalhamos há
tempos com a implantação de políticas de governança com nossos clientes e agora
queremos apoiar também as grandes empresas a expandir esses conceitos em toda
sua cadeia. A ideia é atingir fornecedores e distribuidores e fazer essa
prática chegar até os clientes. É imprescindível que as grandes empresas do
futuro estejam alinhadas a esse conceito. Isso faz a diferença não só nos
resultados econômicos da organização, mas também no valor da empresa”, explica
Eduardo Valério, CEO da GoNext, especializada em consultoria para processos de
sucessão familiar.
As tendências de consumo mostram que, de forma
geral, as pessoas optam por produtos e serviços de empresas que tenham alguma
ação alinhada às práticas ESG. Além disso, uma pesquisa da Bloomberg estimou
que a agenda ESG deve atrair U$53 trilhões em investimentos no mundo até 2025.
“A grande empresa que ainda não começou a trabalhar pensando nas práticas ESG
precisa começar rápido. Em breve, as empresas que não assimilarem esses
conceitos na gestão vão começar a serem mal vistas pelo mercado. Conhecer o
estágio em que a empresa se encontra e começar a praticar a governança ancorada
na responsabilidade ambiental e social são medidas urgentes para empresas de
todos os portes”, conclui Valério.
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