Médico
endocrinologista e vice-presidente da ADJ Diabetes Brasil, Ronaldo José Pineda
Wieselberg, orienta sobre fatores de risco e medidas preventivas
Dados da Federação Internacional de Diabetes
revelam que o número de pessoas com a doença aumentou em 74 milhões em 2021, um
total de 537 milhões de adultos no mundo. No Brasil, as estimativas mais
recentes somam 16,8 milhões, cerca de 7% da população.
Os números são um alerta sobre os fatores de risco
e para a adoção de medidas preventivas. Segundo o médico endocrinologista e
vice-presidente da ADJ Diabetes Brasil,
Ronaldo José Pineda Wieselberg, os principais fatores de risco para o
desenvolvimento da doença são a obesidade, principalmente a abdominal, o
sedentarismo e o componente genético. “Se por um lado não conseguimos modificar
a genética, por outro podemos evitar a obesidade e o sedentarismo”,
afirma.
A prática de atividades físicas e a alimentação
equilibrada são os principais fatores para auxiliar na prevenção. “A pessoa
pode optar pelo exercício que gostar, seja caminhada, andar de bicicleta,
natação, entre outras, o importante é realizar na intensidade adequada. Quanto
à alimentação saudável, é preciso evitar alimentos processados e
ultraprocessados. Para identificar esse tipo de produto, basta se atentar ao
exemplo: morangos são alimentos in natura, enquanto a geleia de morango é um
produto processado, com açúcar e conservantes, já o petit suisse de morango é
ultraprocessado, contendo apenas o sabor do morango, não existe a fruta”,
explica.
O médico endocrinologista também traz um alerta
para a diabetes gestacional, outro quadro que precisa de atenção por trazer riscos
para a mãe e para o bebê. Durante a gravidez, há um aumento de peso já
esperado, mas, é preciso estar atento para o ganho de peso excessivo, obesidade
ou sobrepeso prévio à gestação. “Durante o período gestacional, há a indicação
de rastreio de diabetes na primeira consulta do pré-natal, com glicemia em
jejum, e entre a 24ª e 28ª semana com a curva glicêmica. Ovários policísticos e
idade acima de 25 anos também são fatores de risco para o desenvolvimento da
doença”, alerta.
Já para as mulheres que já possuem diabetes
previamente à gestação, é recomendado maior cuidado para evitar complicações
neste período. “Independente do tipo, a orientação é acompanhar o caso com o
endocrinologista e obstetra, com consultas quinzenais ou mensais para a
condução do controle da diabetes”, conclui.
A diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira,
salienta que a mudança do estilo de vida pode prevenir ou retardar o
aparecimento da doença na gestação e na primeira infância. “Os primeiros mil
dias de vida são imprescindíveis para a formação de hábitos alimentares
saudáveis. Este período traz transformações físicas, cognitivas e emocionais
que irão impactar no crescimento e desenvolvimento da criança. É a partir da infância
que se estabelece as bases para a qualidade de vida, contribuindo para a
prevenção de doenças crônicas como o diabetes.
SOBRE INSTITUTO OPY
Braço filantrópico da Opy Health, gestora de infraestrutura hospitalar, o Instituto Opy de Saúde atua como articulador, fomentador de ideias, projetos e ações de grande impacto social na promoção da saúde de crianças, gestantes e na redução de fatores de risco das doenças crônicas não transmissíveis.
SOBRE ADJ DIABETES
BRASIL
A entidade atua há 42 anos contra o diabetes,
provendo educação em diabetes e atendimentos de nutrição, psicologia e
odontologia. Mais informações no site.
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