22 de setembro é o Dia Mundial de Conscientização da Narcolepsia.
A narcolepsia é um distúrbio neurológico que se caracteriza pela incapacidade
de controlar os ciclos normais de sono e vigília. Indivíduos com narcolepsia se
sentem extremamente cansados e,
em alguns casos, podem ter episódios súbitos de fraqueza muscular. Acredita-se
que cerca de 50% dos pacientes podem não ser diagnosticados, levando a um
atraso médio no tratamento de 8 a 10 anos. Não existe cura para o distúrbio que
aparece entre os 7 e os 25 anos de idade.
A importância de sua descoberta se dá pelo risco que representa à vida, pois um dos sintomas da doença é o adormecimento a qualquer hora do dia, mesmo que a pessoa esteja comendo, conversando ou até dirigindo. Outros sintomas são: perda da força muscular causada por emoções, paralisia do sono, interrupção do sono noturno, alucinações e a sonolência excessiva durante o dia - principal característica do distúrbio.
Existem dois tipos de narcolepsia: o tipo 1 que apresenta cataplexia (perda da força muscular), níveis baixos ou ausentes de hipocretina e sonolência diurna em excesso. O tipo 2 se distingue por apresentar a sonolência demasiada, porém, sem o sintoma da cataplexia, além do fato de ter os níveis normais de hipocretina.
O diagnóstico da doença se dá através de consulta médica com um especialista na área do sono. Ele irá solicitar uma polissonografia, exame no qual é feito um teste diurno de múltiplas latências para avaliar se o indivíduo apresenta outros distúrbios do sono como a apneia do sono.
A narcolepsia é crônica, portanto, os tratamentos existentes servem para
amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Atualmente,
são divididos em dois: comportamental e medicamentoso. No primeiro caso é
recomendado que o paciente faça ajustes em seu estilo de vida, como mudanças no
horário das atividades importantes durante o dia e a programação de cochilos
para melhorar o estado de atenção. Já o tratamento com medicamento prevê o uso
de estimulante para auxiliar a pessoa a ficar acordada e, em alguns casos, o
uso de ISRS ou antidepressivos para tratar a cataplexia, alucinações e
paralisia do sono.
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