Em 21 de
setembro, celebrou-se o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de
Conscientização da Doença de Alzheimer; presente principalmente nas pessoas com
mais de 65 anos, o mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que pode ter os
primeiros indicativos através de distúrbios do sono
Estudo publicado
na revista científica The Lancet Neurology aponta que além de figurar como um
dos sintomas da doença, os distúrbios no sono podem ser também um fator de
risco para o desenvolvimento de Alzheimer
Conhecida como uma das principais doenças
degenerativas, o Mal de Alzheimer afeta, só no Brasil, 1,2 milhão de pessoas,
segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os diversos sintomas, a Vigilantes do Sono
alerta que a inconsistência no sono e distúrbios como insônia, podem ser sinais
da doença. Como forma de chamar a atenção da sociedade quanto à conscientização
e o estigma que cerca a demência, celebrou-se, ontem, dia 21 de setembro,
o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização da
Doença de Alzheimer.
De acordo com a revista científica The Lancet
Neurology, o distúrbio do sono contribui para o declínio cognitivo e
também pode aumentar o risco de demência da doença de Alzheimer. A publicação
aponta ainda que até recentemente as alterações no sono eram geralmente
consideradas uma consequência do Alzheimer, contudo, os resultados obtidos nas
mais recentes pesquisas têm alterado essa correlação, considerando o distúrbio
do sono como um fator de risco para o desenvolvimento da doença.
Para Laura Castro, psicóloga e sócia fundadora da
Vigilantes do Sono, a relação entre a doença e os distúrbios do
sono pode ser percebida de algumas formas. Ela explica que uma má noite de sono
pode potencializar os sintomas do Alzheimer, visto que ao longo do dia, o sono
ruim, causa irritabilidade, dificulta o raciocínio e pode contribuir para a
falta de memória, todos problemas enfrentados por quem sofre com a doença
degenerativa.
“Más noites de sono causadas pela agitação e
inquietação, além do despertar cedo, é sinal de que algo não está certo. Na
maioria das vezes, podem ser sinais de ansiedade ou, caso seja constante, pode
apontar para um problema mais sério. No que diz respeito aos idosos, o sono
pode ser indicativo de Alzheimer, caso seja observado, com frequência, os
problemas com a memória e perda cognitiva de algumas funções”, explica a
psicóloga.
Ainda de acordo com a The Lancet Neurology, as
evidências dos estudos preliminares sugerem que os distúrbios do sono, além de
serem um sintoma de neurodegeneração também podem ser um fator de risco
potencial para o desenvolvimento não só para a doença de Alzheimer e demências
relacionadas, como também a doença de Parkinson.
O Alzheimer ainda carece de uma cura. No entanto,
existem hábitos saudáveis que, ao serem adotados, podem contribuir para uma
melhor atividade do cérebro e, consequentemente, para prevenir ou desacelerar
os sintomas da doença. Entre esses hábitos, muitos coincidem com os necessários
para uma boa noite de sono, reafirmando a relação mútua entre a doença e os
distúrbios do sono. Entre os hábitos indicados estão os exercícios físicos ao
longo do dia, evitar o fumo, manter um peso ideal, entre outros.
Laura ressalta que o autocuidado é essencial para
prevenir qualquer doença e que é necessário uma atenção a mais com os idosos.
“O sono é essencial para nosso corpo e deve ser respeitado o máximo possível.
Para isso, alguns hábitos como desligar de telas, evitar cafeína antes de
dormir, evitar fumar e a prática de exercícios físicos são essenciais para
dormir bem. Com os idosos, se possível, é importante manter uma rede de apoio
próxima para entender como está a noite de sono dele (a)”, ressalta Laura.
Vigilantes do Sono
https://www.vigilantesdosono.com
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