Especialista explica quais são os tipos de construções mais rentáveis de acordo com cada objetivo
Seja
para quem quer complementar a renda mensal ou garantir a aposentadoria,
investir em imóveis ainda é a forma mais segura e lucrativa de aplicação,
principalmente em tempos de oscilação nas bolsas. Segundo o engenheiro civil
Matheus Moura, da Construtora Vizotto Moura, os ganhos são praticamente
vitalícios e o risco de desvalorização é baixo, mesmo em tempos de crise. “O risco de
o investidor perder dinheiro é muito baixo, quase nulo em comparação com
aplicações na bolsa de valores ou criptomoedas, por exemplo, que oscilam a todo
momento e podem levar a perdas significativas em tempos de instabilidade e
crises, como a provocada atualmente pela guerra da Ucrânia”,
afirma.
O
mercado imobiliário tem se mostrado promissor nos últimos dois anos motivado,
principalmente, pela mudança de comportamento e hábitos durante a pandemia. Em
2021, a venda de imóveis cresceu 12,8% e os lançamentos registraram alta de
25,9% em relação a 2020, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC). O setor também foi o que apresentou uma rápida recuperação dos efeitos
da crise provocada pela Covid-19.
Além
de ser um investimento seguro, imóveis têm potencial de valorização e são uma
excelente forma de gerar renda passiva, ou seja, você ganha dinheiro sem ter a
necessidade de trabalhar mais por isso.
Investir em imóveis ainda é a forma mais segura e
lucrativa de aplicação (Foto: Freepik)
Não erre na escolha
Mas é preciso entender qual o objetivo, a perspectiva de lucro e o tempo de
retorno para escolher o tipo de imóvel a se investir. Moura recomenda, a quem
quer ter uma renda passiva, investir em imóveis de baixo custo para alugar,
como quitinetes. “É uma boa opção para quem pensa em viver de
aluguel e já possui um patrimônio. Uma das vantagens é a possibilidade de
fracionar a renda. Ao invés de construir uma casa por R$ 400 mil para ter um
retorno mensal de R$ 3mil, pelo mesmo preço é possível construir oito
quitinetes, que poderão ser alugadas por R$ 500 ou até R$ 800. O retorno
financeiro será maior e mais rápido, num prazo de até seis anos”,
explica.
No
caso de casas de médio padrão, o retorno é expressivo quando o foco for
construir para vender. “O investimento para esse tipo de imóvel é de R$
700 mil a R$ 1 milhão, considerando a compra do terreno e a construção. Sua
venda vai gerar um retorno de 15 a 20 % por conta de taxas de corretor e da
construtora. Comparado a outras aplicações, é praticamente 1% ao mês. Nenhum
investimento de baixo risco gera esse tipo de retorno em até um ano e é muito
difícil um imóvel desvalorizar, isso só acontece em casos extremos”,
avalia o engenheiro.
As
residências de alto padrão têm uma rentabilidade ótima, quando se fala em
construção e venda, mas requerem investimentos maiores. “É um nicho
que não para nunca de crescer. Gasta-se em torno de R$ 5 a R$ 6 milhões para
construir, incluindo o terreno, e o retorno é quase o dobro, mas o tempo de
retorno é maior, cerca de 24 meses”, afirma.
Home equity
Para quem quer ingressar nesse mercado e não tem dinheiro disponível para
investimento imediato, Moura conta que o home equity, modalidade de empréstimo
que usa o imóvel como garantia e tem juros menores, é uma boa opção e tem sido
muito utilizado para esse tipo de investimento. “Temos
notado um crescimento de pessoas que buscam esse tipo de empréstimo para
construir. No cenário atual, com a crise na atividade econômica mundial
provocada pela guerra no leste europeu, é uma opção excelente de melhorar o
capital e os juros são bem menores em comparação a outros tipos de
financiamentos por causa da garantia e do baixo risco de inadimplência”,
diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário