Fonoaudióloga explica como manter
sempre a voz saudável e porque você deve dar atenção a ela
Audição e voz andam juntas. Se você não
ouve bem, provavelmente você terá algum problema na fala também. No dia 17 de
abril é comemorado o Dia Mundial da Voz. A data é utilizada para chamar a
atenção para uma questão que muitas vezes é negligenciada por quem aparentemente
não tem nenhum problema: a importância da voz.
E dentro dos cuidados com a voz, vale
reforçar sua relação com a audição, que interfere diretamente na fala.
Por isso, a fonoaudióloga vice-presidente da Sociedade Brasileira de
Fonoaudiologia e CEO da startup ProBrain Ingrid Gielow dá algumas dicas de
ambos para o bem-estar.
“A relação entre
voz e audição é mais importante do que parece. Regulamos inconscientemente
nossa voz a partir do que ouvimos, o que explica, por exemplo, porque aumentamos
a intensidade da voz quando entramos em um ambiente mais ruidoso ou estamos com
fones de ouvidos. Portanto, mesmo quem não tem um problema específico, como um
transtorno do processamento auditivo ou déficit de atenção, pode treinar suas
habilidades auditivas para, entre outros benefícios, manter uma boa saúde
vocal”, explica Gielow.
Isso porque a partir
dos 30 anos de idade, a audição inicia seu processo de envelhecimento,
segundo a fonoaudióloga. E, ao passar dos 65 anos, pelo menos 70% das pessoas já
possuem algum grau de perda de audição, o que está relacionado a um risco cinco
vezes maior de desenvolver demência.
Portanto, cuidar da audição e da voz é
também estar atento ao seu bem-estar e à sua saúde. Visando isso, Gielow deu 3 dicas
rápidas e práticas para cuidar da voz e treinar habilidades
cerebrais. Confira.
1. Tenha uma boa higiene vocal
Para manter uma voz saudável alguns cuidados simples podem ser tomados no dia a dia, como evitar falar com esforço, ou em ambientes muito ruidosos, cuidar para não pigarrear ou tossir excessivamente, cantar com esforço ou técnica inadequada, ou falar enquanto pratica atividades físicas.
Procurar ingerir a quantidade adequada
de água ou líquidos sem cafeína, evitar alimentos gordurosos ou que produzem
muito muco (como os produtos lácteos, por exemplo), evitar a ingestão intensa
de álcool e ter uma boa noite de sono são hábitos que também ajudam a manter
uma boa voz.
E, atenção com sinais de refluxo gastroesofágico, que merecem cuidado, pois o refluxo pode prejudicar a saúde e a voz.
2. Fale de forma articulada e em tom normal
Quanto melhor você articula as
palavras, menos esforço suas cordas vocais precisarão fazer.
Além disso, prestar atenção ao seu tom de voz também é uma boa
atividade para saber se você possui algum problema de audição.
Se você estiver falando em uma
intensidade de voz mais elevada -- ou, principalmente, se outras pessoas fazem
esse comentário sobre sua fala, é bom procurar ajuda, pois é bem provável que
você tenha ou esteja com algum problema auditivo.
3. Estimule o cérebro
Estimular o cérebro com frequência e de
maneira específica promove reações neurofisiológicas mais rápidas e eficientes.
Isso impacta diretamente na qualidade da sua audição e impacta o monitoramento
da sua voz, promovendo, consequentemente, maior bem-estar.
Afinal de contas, é bem desagradável
pedir para as pessoas repetirem a mesma sentença várias vezes para entendermos,
não é mesmo? Ou mesmo quando alguém fala uma coisa e entendemos outra
completamente diferente. Mas, para tudo isso existe solução.
Pensando em todos esses fatores, uma
dica é utilizar ferramentas online, como a plataforma Afinando o
Cérebro, da ProBrain, que é validada
cientificamente e permite a estimulação de habilidades cerebrais relacionadas à
comunicação, à audição e à aprendizagem.
São mais de 160 atividades que
estimulam as habilidades auditivas com jogos interativos e
várias estão disponíveis gratuitamente. Com a ajuda dos games é possível
regular algum déficit ou até mesmo identificar um possível transtorno.
O treinamento auditivo com repetição de
exercícios audiovisuais e cognitivos permite a melhora na resposta cerebral aos
estímulos auditivos. Com um formato gamificado, as ferramentas são
desenvolvidas também com recursos que favoreçam as necessidades de memória,
atenção e linguagem. E, quem escuta melhor, ajusta sua voz aos contextos e se
comunica melhor.
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