Até 2026, 25%
das pessoas deverão gastar pelo menos uma hora por dia em algum ambiente
metaverso, segundo a consultoria americana GartnerFreepik
Com a promessa
de fazer com que ações do mundo físico sejam reproduzidas no mundo digital, o
metaverso tem atraído lançamentos de empreendimentos, reproduções de
escritórios, eventos e produtos financeiros.
Um relatório
divulgado pela Gartner, consultoria americana especializada em tecnologia,
aponta que até 2026 um quarto das pessoas deverá gastar pelo menos uma hora por
dia em algum ambiente metaverso, seja para trabalho, compras, educação,
atividades sociais ou entretenimento.
O fato é que o
aumento da popularidade desse universo e os investimentos na criação de
ambientes digitais tridimensionais já movimentam milhões e chamam a atenção de
investidores à procura de alternativas de aplicações.
Depois de
entender que a proposta do metaverso é levar atividades habituais dos usuários
para o ambiente virtual, também vale esclarecer que essa possibilidade não é
restrita a uma única plataforma tecnológica. Há diversas opções para ter acesso
a tudo isso.
Desde
plataformas de tecnologia, como o Facebook, que mudou seu nome para Meta, até
varejistas como a Nike e Renner abraçaram o conceito imersivo com o objetivo de
focar seus negócios neste universo. Todos querendo acompanhar de perto essa
mudança de comportamento das pessoas em busca de mais experiências
tridimensionais.
Diante desse
cenário, seria essa uma oportunidade de faturar com o metaverso? É possível que
sim. Já existem alguns tipos de investimentos relacionados a ele.
FUNDOS DE
INVESTIMENTO
Ainda
conservando os aspectos tradicionais de investimento, a compra de ações de
empresas de tecnologia envolvidas nesse novo ambiente é uma opção de aplicação.
Normalmente, os
fundos de investimento em metaverso têm uma carteira composta por ações de empresas
que se relacionam com o tema. Um exemplo é a META (antigo Facebook), que na
bolsa brasileira tem seu BDR negociado sob o código FBOK34.
Outra
alternativa, o jogo Fortnite, desenvolvido pela empresa Epic Games, já
experimenta grandes sucessos em seu metaverso com milhões de avatares. Já o
fundo Trend Metaverso FIA BDR Nível I, da XP, tenta replicar o índice Bloomberg
Metaverse Index, composto por cerca de 30 ações globais que se relacionam com o
tema metaverso por meio de investimento.
CRIPTOMOEDAS
Como as
transações financeiras também são uma realidade em um metaverso, as
criptomoedas se tornam uma categoria de investimento.
Alguns exemplos
de criptomoedas utilizadas em metaversos são Decentreland (MANA);The Sandbox
(SAND);Enjin Coin (ENJIN);Yield Guild Games (YGG).
Para comprá-las
só é preciso abrir uma conta em uma exchange, uma espécie de corretora de
valores exclusiva para criptomoedas.
A MANA usada no
metaverso Decentreland chegou a valorizar 400% em novembro de 2021, após o
anúncio da maior transação envolvendo terrenos virtuais. Desde seu lançamento,
a MANA já ganhou aproximadamente 4.700% de valor em sua cotação.
NFTs
Depois de
adquirir as criptomoedas, os interessados podem investir em NFTs, que são
representações digitais de ativos financeiros registrados em uma rede
blockchain e que fazem parte de um metaverso.
Já existem
terrenos virtuais sendo comercializados como NFTs. No fim do ano passado, por
exemplo, um terreno no metaverso Decentreland foi vendido por 618 mil MANA, o
equivalente a US$ 2,5 milhões na época. Outros itens de jogos também são
exemplos de NFTs que são negociados em ambientes metaversos.
ETFs
Os Exchange
Trade Founds ou ETFs são como fundos de investimentos compostos por ativos que
seguem um índice de referência. É o caso do Roundhill Ball Metaverse ETF, que
foi lançado em junho de 2021. Seu indexador é o índice Ball Metaverse. Quem
investe nesse ativo não se preocupa em negociar os títulos diretamente, pois se
trata de uma gestão passiva.
Assumindo os
riscos, já que se trata de um investimento de renda variável, basta escolher a
forma mais adequada ao perfil e fazer a aplicação.
É ARRISCADO?
Se aprofundar
nesse universo pode até parecer coisa do futuro, mas na verdade, essas
negociações já são uma realidade e há pessoas ganhando dinheiro com elas.
O mercado de
numerários digitais tem vivido um processo de expansão, com a criação de novos
ativos e o aumento da demanda.
As NFTs, por
exemplo, cresceram tanto em popularidade que hoje é quase comum que figuras
públicas, como artistas plásticos, vendam seus próprios itens usando essa
tecnologia. Ao mesmo tempo em que os NFTs estão abrindo um novo mercado, há
empresas emergentes que querem ter sua participação dentro desse universo.
Ao que parece,
o mercado NFT continuará a evoluir e a se transformar. Ethan McMahon,
economista da empresa de análise Chainalysis, acompanhou de perto a atividade
da NFT e acredita que este é apenas o primeiro passo de muitos à medida que
novas tecnologias emergem.
De acordo com
McMahon, o boom que os ativos digitais estão vivenciando pegou o sistema
financeiro e os governos de todo o mundo de surpresa, e o Brasil não é exceção.
Em fevereiro
deste ano, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou um projeto
de lei que trata das operações com criptomoedas. O texto estabelece
regulamentações e detalha as formas pelas quais o governo regula o uso de
criptomoedas. Ao mesmo tempo, outros mercados como Europa e Estados Unidos
estão começando a regular o uso de criptomoedas, e isso pode se tornar uma tendência
global.
Repórter mserrain@dcomercio.com.br
https://dcomercio.com.br/categoria/tecnologia/como-ganhar-dinheiro-com-o-metaverso
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