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sexta-feira, 15 de abril de 2022

9 dicas de como evitar problemas com pets em condomínios

 A especialista em direito condominial de Campinas, Daniela Bibiano, orienta sobre os deveres de um tutor responsável

 

Se a Convenção de seu condomínio proíbe de forma genérica e irrestrita a posse de animais de estimação nos apartamentos ou casas, saiba que essa proibição e qualquer punição -- advertência ou multa -- dela decorrente é passível de nulidade, explica a especialista em direito condominial e sócia do Escritório Amanda Amaral Sociedade de Advogados, Daniela Bibiano. 

Segundo a advogada, isso não quer dizer que a posse do animal é um direito absoluto, ao contrário: os tutores devem ter em mente que a posse de um animal de estimação, para além de ser um direito, traz também deveres que devem ser observados.

Daniela alerta sobre a importância da posse responsável do pet. Se a segurança, a tranquilidade ou a higiene da coletividade for de alguma maneira comprometida, o tutor poderá sim sofrer alguma sanção que vai desde advertência, multa e até mesmo a remoção compulsória do animal da unidade, esta última, somente por determinação judicial, ressalta a advogada condominialista.

A especialista orienta aos tutores de pets residentes em condomínios como evitarem problemas e manterem uma boa convivência com os vizinhos. Seguem as dicas: 

1) Animais são imprevisíveis e podem atacar, por mais que junto aos tutores apresentem um comportamento dócil. Ao sair do ambiente privado, é salutar que a condução seja feita com o uso de coleiras e guias, que permitam evitar que ele salte sobre as outras pessoas.

2) Especialmente os cães de grande porte devem ser conduzidos com enforcador e focinheira. Lembramos que qualquer ataque que venha a resultar em lesão a terceiros, será o tutor responsabilizado civil e criminalmente. A prevenção é sempre o melhor caminho.

3) Mantenha seu apartamento telado, de forma a evitar fugas ou quedas.

4) A grama do condomínio e os espaços destinados aos pets não são banheiro. Leve seu amigo peludo para fazer as necessidades fisiológicas fora do condomínio e recolha os dejetos. Uma garrafa com água para jogar sobre o xixi e um saquinho biodegradável para recolher o cocô mantém as vias públicas limpas e não polui o meio ambiente.

5) Nunca deixe o seu animal preso em espaços pequenos como lavanderias, banheiros, varandas. Além de ser estressante para ele, poderá ocasionar latidos e uivos e causar incômodo à vizinhança.

6) Vai viajar ou se ausentar por longo período e deixar seu pet? Deixe-o em hotel ou creche, onde permanecerá ativo, cuidado e sem sofrer.

7) Cheiro de cocô e xixi em espaço fechado é desagradável e pode exalar para os apartamentos vizinhos. Mantenha sua unidade limpa e livre de odores.

8) Com exceção das áreas de convívio conhecidas por pet place, não se deve utilizar as áreas comuns do condomínio para passear com seu animalzinho. O trânsito permitido é entre a unidade autônoma e a portaria e/ou a unidade autônoma até a garagem para ingresso em veículo.

9) Importante lembrar que é sua responsabilidade vacinar e vermifugar seu amigo de quatro patas periodicamente. Existem doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos e a posse responsável e consciente evita esse tipo de problema.

Observar pequenos detalhes que podem afetar o coletivo é a melhor maneira de exercer seu direito sem atrair a antipatia da vizinhança e gerar consequentes reclamações, conclui a especialista condominial, Daniela Bibiano.
 


Daniela Bibiano - Advogada pós graduada em Direito Condominial atuante em Campinas/SP, sócia do escritório Amanda Amaral Sociedade de Advogados.

Facebook: @amandaamaraladvocacia Instagram: @amandaamaraladvocacia


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