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domingo, 13 de março de 2022

Transtorno Afetivo Bipolar: o que é e como tratar

Psicoterapia e medicação correta são recomendadas por profissionais de saúde

 

Cerca de seis milhões de brasileiros adultos convivem com o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Mais do que uma estatística, o dado divulgado pela Associação Brasileira de Transtorno Bipolar revela a grande quantidade de pessoas que enfrentam, muitas vezes em silêncio, preconceitos e resistência da sociedade em compreender a dimensão e os efeitos que tal transtorno psiquiátrico provoca na saúde mental, visto que o diagnóstico não é fácil de ser realizado pela similaridade com outros transtornos. 

O próximo 30 de março é marcado pelo Dia do Transtorno Bipolar, data em que se propõe uma maior sensibilização sobre a doença. Para a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Elenita Sureke, o dia é um convite para “a reflexão desta doença e assim esclarecer melhor sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento”. Mas o que é o transtorno bipolar? 

De acordo com Elenita, trata-se de “um transtorno psiquiátrico caracterizado pela recorrência de episódios de mania/hipomania (euforia), depressão e períodos de normalidade do humor. Os sintomas variam conforme a fase da doença. De forma geral, há alteração do humor, do padrão de sono, da energia e pensamento. Em alguns casos, sintomas psicóticos (perda do contato com a realidade) podem ser observados”. 

A respeito do diagnóstico e tratamento, a docente revela que o Transtorno Bipolar é clínico, embasado pela história e avaliação do exame mental do paciente. “O tratamento medicamentoso é de suma importância para estabilização do quadro, para isso são utilizados medicamentos estabilizadores de humor. Recomenda-se ainda como essencial a realização de psicoterapia”, diz. 

A psicoterapia é um conjunto de estratégias e técnicas psicológicas que podem ser usadas em pessoas que buscam lidar com suas emoções e sentimentos de forma positiva, existem vários tipos, porém não é um aconselhamento e também não oferece respostas diretas a questões pessoais, mas sim desenvolve ferramentas e estratégias que ajudem a pessoa a resolver seus problemas pessoais e restaurar a função psicológica e social. 

Embora o tratamento farmacológico seja essencial no tratamento do transtorno bipolar, há pacientes que, apesar da correta adesão à medicação, permanecem sintomáticos. Estudos indicam, que independentemente da abordagem utilizada, a psicoterapia deve ser utilizada em associação com o tratamento farmacológico e outros aspectos como hábitos alimentares mais saudáveis, a evitação de substâncias psicoativas como a cafeína, o álcool devem ser consideradas. Dentre os benefícios listados pela profissional, há diminuição na frequência e na duração dos episódios de humor, aumento da adesão à medicação, diminuição nas recaídas e impressões clínicas de melhoras gerais. 

“Todos os tratamentos devem ser seguidos pelo planejamento e pela execução a longo prazo, que requer o estabelecimento e a manutenção de uma aliança terapêutica por meio de um bom relacionamento do paciente com sua rede de cuidados (profissionais de saúde, família, cuidador, etc.) que propicie uma relação terapêutica e de apoio”, reforça Elenita.

 

Anhanguera

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