Na última quinta-feira, dia 24 de fevereiro, a Rússia invadiu a Ucrânia e há muito tempo se falava nessa possibilidade. Devido à falta de credibilidade do presidente Biden, líderes de diversos países não acreditaram que Putin seguiria com essa decisão polêmica. É bom recordar que historicamente, os conflitos sempre vieram em um momento oportuno para e economia da indústria bélica, e não apenas a americana.
Pessoalmente, acredito que
o presidente da Rússia é um dos melhores estrategistas, sendo um político influente
em um país que possui tamanho continental e força bélica proporcional ao seu
tamanho. Porém, a sua atitude de invadir a pátria dos ucranianos resultou em
inúmeras vidas perdidas além dos traumas irreparáveis para aqueles que ficaram.
Todo esse cenário devastador surpreendeu inclusive os diplomatas russos, que
foram pegos de surpresa.
Vladimir Putin quer ser
visto como um grande líder, quer seu nome nos livros de história e tem marcado
sua presidência demonstrando controle absoluto e estratégias bem pensadas.
Oferecer independência para regiões separatistas é uma forma de legitimar a
invasão na Ucrânia.
Mas o quanto essa guerra
pode impactar no seu bolso? É preciso analisar a situação com clareza. O
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenta apagar esse incêndio com mais
lenha e gasolina. Isso porque desde o início da pandemia o país vem imprimindo
quantidades exorbitantes de papel moeda para distribuição, devido a adoção de
medidas assistencialistas.
Durante esse período,
tanto pessoas que precisam do valor oferecido pelo governo americano, quanto
aqueles que não passaram necessidades, receberam esse estímulo para manter a
economia aquecida. Todo esse esforço impactou na emissão de milhões de dólares,
gerando um grande débito interno, demissões sem justificativa e alta na
inflação do país.
Mas alguém precisa pagar
por essa situação, e não será por meio de investimentos e giro de produtos. A
melhor forma para o governo equilibrar as contas é promover o conflito em
outras regiões, esperando a necessidade de equipamentos bélicos que podem ser
adquiridos dos Estados Unidos e que geram bastante lucro para o país. Não é a
primeira vez que essa estratégia é utilizada pelos líderes americanos,
circunstâncias semelhantes ocorreram na Síria, Iraque e em outros países.
Existe também a questão do
petróleo, um dos commodities mais comercializado nas bolsas, que essa semana
teve o valor do barril superando a margem dos US$ 100,00, uma alta que não
ocorre desde 2013. E os Estados Unidos como maior produtor de petróleo do
mundo, tem interesse em exportar para equilibrar o déficit causado pela
pandemia.
Vale ressaltar que não
existem lados em um conflito deste tamanho e que as pessoas envolvidas são
filhos e pais de alguém, é fundamental ter sensibilidade ao tratar desses
assuntos. Não se trata de Biden e Putin na linha de frente, mas soldados e
civis, um povo que não possui grandes patrimônios e que estão vendo o pouco que
tem se esvair por interesses políticos e econômicos.
Nesse momento também
esperamos que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil tenha capacidade
de convencer o presidente Bolsonaro a não fazer pronunciamentos arriscados
sobre essa situação. Ao aplicar sanções para Rússia, portas que também geram
algum benefício serão fechadas. Atualmente, por exemplo, o Brasil depende da
compra de fertilizantes, além de outros produtos que são exportados para o país
Europeu.
Certamente há uma série de
fatores que serão negativos para o bolso, como a alta no petróleo, no gás e o
aumento nos custos de transporte, que terá efeitos em todos os setores. Por
isso é importante ter cuidados antes de emitir qualquer opinião e aguardar o
trabalho de diplomatas que são habilitados e qualificados para ter essas
conversas.
Toledo e Advogados
Associados
http://www.toledoeassociados.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário