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terça-feira, 8 de março de 2022

Mulher Maravilha só existe nas histórias em quadrinhos

Terapia ajuda mulheres a se entenderem melhor e a saberem como lidar com as situações difíceis do dia a dia. Fora do seu papel de super-heroína, você tá bem? 

 

Para muitas mulheres, conciliar a vida pessoal, carreira e maternidade são desafios diários e exaustivos. Cerca de 85% das mulheres vivenciam jornada de trabalho dupla no país, com a realização de atividades domésticas e cuidados com o lar. E dar conta de todos esses papéis existenciais só é tarefa fácil na vida instagramável ou para a Mulher Maravilha. Talvez esse cenário explique o levantamento do Grupo Conexa, junto à plataforma Psicologia Viva, que mostra que 76% dos pacientes que procuram por atendimentos psicológicos são mulheres.

O terapeuta e filósofo clínico, Beto Colombo, relata que muitas vezes, algumas pessoas são na internet, quem elas gostariam de ser, e não quem verdadeiramente elas são. 

“Para alguns a vida perfeita das redes sociais é o que mantém a pessoa motivada para encarar a dura realidade de um ônibus lotado, de um dia difícil de trabalho, de um chefe rude e de um salário magro. A rede social é um ambiente onde muitas pessoas se realizam, conseguem ir além do seu ambiente e viver uma felicidade, ainda que virtual”. 

No entanto, para outros a vida perfeita, ou “instagramável”, dá gatilho e gera frustração, falta de sentido e outros males. “Às vezes a busca incessante pela perfeição do corpo, do relacionamento e da profissão, por exemplo, nos leva a uma jornada insana em busca da forma “ideal” de felicidade, forma esta imposta por uma “beleza” muitas vezes manipulada”, assegura Beto. 

Em dois anos de pandemia, o home office cruzou os limites entre casa e trabalho, fazendo com que a vida pessoal e a profissional se misturassem, mas nem sempre de maneira saudável. 

“Muitas pessoas são exímias profissionais, já conheci doutores em planejamento estratégico, mas que não sabem planejar suas questões pessoais e existenciais, assegura. 

Beto Colombo, comenta que o dia a dia no mundo corporativo é exigente ao extremo e a pressão por performance e comportamento pode levar a um desgaste emocional no trabalho. 

“O filósofo clínico aconselha que quando notarmos que estamos misturando os papéis de mulher, empresária, mãe, filha, é um sinal que essa pessoa não está sabendo dividir os papéis existenciais e precisa de um suporte psicológico. É preciso saber lidar consigo mesmo. A filosofia clínica é um novo e eficaz método terapêutico no cuidado mental e no bem-estar”, afirma Beto


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