Terapia ajuda mulheres a se entenderem melhor e a saberem como lidar com as situações difíceis do dia a dia. Fora do seu papel de super-heroína, você tá bem?
Para muitas mulheres,
conciliar a vida pessoal, carreira e maternidade são desafios diários e
exaustivos. Cerca de 85% das mulheres vivenciam jornada de trabalho
dupla no país, com a realização de atividades domésticas e cuidados com o lar.
E dar conta de todos esses papéis existenciais só é tarefa fácil na vida
instagramável ou para a Mulher Maravilha. Talvez esse cenário explique o
levantamento do Grupo Conexa, junto à plataforma Psicologia Viva, que mostra
que 76% dos pacientes que procuram por atendimentos psicológicos são mulheres.
O terapeuta e filósofo clínico, Beto Colombo, relata que muitas vezes, algumas pessoas são na internet,
quem elas gostariam de ser, e não quem verdadeiramente elas são.
“Para alguns a vida perfeita das redes
sociais é o que mantém a pessoa motivada para encarar a dura realidade de um
ônibus lotado, de um dia difícil de trabalho, de um chefe rude e de um salário
magro. A rede social é um ambiente onde muitas pessoas se realizam, conseguem
ir além do seu ambiente e viver uma felicidade, ainda que virtual”.
No entanto, para outros a vida
perfeita, ou “instagramável”, dá gatilho e gera frustração, falta de sentido e
outros males. “Às vezes a busca incessante pela perfeição do corpo, do
relacionamento e da profissão, por exemplo, nos leva a uma jornada insana em
busca da forma “ideal” de felicidade, forma esta imposta por uma “beleza” muitas
vezes manipulada”, assegura Beto.
Em dois anos de pandemia, o home office
cruzou os limites entre casa e trabalho, fazendo com que a vida pessoal e a
profissional se misturassem, mas nem sempre de maneira saudável.
“Muitas pessoas são exímias profissionais,
já conheci doutores em planejamento estratégico, mas que não sabem planejar
suas questões pessoais e existenciais, assegura.
Beto Colombo, comenta que o dia a dia
no mundo corporativo é exigente ao extremo e a pressão por performance e comportamento
pode levar a um desgaste emocional no trabalho.
“O filósofo
clínico aconselha que quando notarmos que estamos misturando os papéis de
mulher, empresária, mãe, filha, é um sinal que essa pessoa não está sabendo
dividir os papéis existenciais e precisa de um suporte psicológico. É preciso
saber lidar consigo mesmo. A filosofia clínica é um novo e eficaz método
terapêutico no cuidado mental e no bem-estar”, afirma Beto
Nenhum comentário:
Postar um comentário