Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças mais brandas, mas a médica coloproctologista do Hospital Anchieta de Brasília alerta para o diagnóstico precoce
No mês de março, a comunidade médica
chama atenção para a prevenção e combate ao câncer colorretal, ou câncer do
intestino, dando nome a campanha nacional Março Azul Marinho. Apesar de não ser
muito conhecido, esse é o segundo tipo de tumor que mais mata no Brasil, pois
ele é um tipo maligno, ou seja, cresce rapidamente e pode se espalhar pelo
corpo, invadindo vários tecidos vizinhos. As estimativas do Instituto Nacional
do Câncer (INCA) apontam para mais de 40 mil novos casos somente em 2022, sendo
20.520 homens e 20.470 mulheres. Este câncer começa atacando parte do intestino
grosso (cólon), além do reto e do ânus.
Prevenção é a
chave
O principal é ficar atento aos sinais do corpo, além de realizar os exames de rotina, e manter um estilo de vida saudável. A médica coloproctologista, Dra. Aline Amaro, explica que "é preciso evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas com frequência, além de praticar atividade física com regularidade, ter uma alimentação rica em fibras, livre de alimentos ultraprocessados e açúcares, com ingestão reduzida de carnes vermelhas”.
Outro fator de risco é o histórico
familiar, que é preciso informar para o seu médico de confiança fazer o
diagnóstico correto. “Se você tem mais de 45 anos, não espere ter alguns desses
sinais para procurar o Coloproctologista. Faça sua colonoscopia de rastreio
para detecção de lesões precoces e benignas e evite o surgimento de um mal
maior”, alerta a médica que também atende no Hospital Anchieta de Brasília.
Uma das principais pautas do Março Azul
Marinho é chamar atenção para o diagnóstico precoce, pois o câncer colorretal é
silencioso, como explica a médica, “ele não gera sintomas importantes nas fases
mais precoces. Alguns sinais de alarme que merecem atenção são sangramento nas
fezes, alteração da frequência evacuatória e aspecto das fezes, dores
abdominais e emagrecimento sem causa aparente”, conclui.
Tratamento para um
câncer silencioso
A médica explica que o tratamento
depende da fase da doença. “Ele pode ser desde endoscópico, com remoção do
tumor por meio da própria colonoscopia ou, até mesmo cirúrgico, quando mais
avançado, e exigir terapias complementares com quimioterapia e radioterapia”,
exemplifica Aline. O endoscópio é um método que envolve a passagem de uma
sonda, onde o tumor é aquecido e queimado com a aplicação de uma corrente
elétrica.
A terapia complementar com
quimioterapia ou radioterapia é feita para diminuir a possibilidade de retorno
do tumor. A médica alerta ainda que muitos dos sintomas podem ser confundidos
com hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, mas que ao menor sinal
precisa ser investigado e tratado de forma específica para o grau do tumor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário