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segunda-feira, 7 de março de 2022

Março Azul Marinho: campanha alerta para o câncer colorretal

Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças mais brandas, mas a médica coloproctologista do Hospital Anchieta de Brasília alerta para o diagnóstico precoce

 

No mês de março, a comunidade médica chama atenção para a prevenção e combate ao câncer colorretal, ou câncer do intestino, dando nome a campanha nacional Março Azul Marinho. Apesar de não ser muito conhecido, esse é o segundo tipo de tumor que mais mata no Brasil, pois ele é um tipo maligno, ou seja, cresce rapidamente e pode se espalhar pelo corpo, invadindo vários tecidos vizinhos. As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para mais de 40 mil novos casos somente em 2022, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres. Este câncer começa atacando parte do intestino grosso (cólon), além do reto e do ânus.
 

Prevenção é a chave 

O principal é ficar atento aos sinais do corpo, além de realizar os exames de rotina, e manter um estilo de vida saudável. A médica coloproctologista, Dra. Aline Amaro, explica que "é preciso evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas com frequência, além de praticar atividade física com regularidade, ter uma alimentação rica em fibras, livre de alimentos ultraprocessados e açúcares, com ingestão reduzida de carnes vermelhas”. 

Outro fator de risco é o histórico familiar, que é preciso informar para o seu médico de confiança fazer o diagnóstico correto. “Se você tem mais de 45 anos, não espere ter alguns desses sinais para procurar o Coloproctologista. Faça sua colonoscopia de rastreio para detecção de lesões precoces e benignas e evite o surgimento de um mal maior”, alerta a médica que também atende no Hospital Anchieta de Brasília. 

Uma das principais pautas do Março Azul Marinho é chamar atenção para o diagnóstico precoce, pois o câncer colorretal é silencioso, como explica a médica, “ele não gera sintomas importantes nas fases mais precoces. Alguns sinais de alarme que merecem atenção são sangramento nas fezes, alteração da frequência evacuatória e aspecto das fezes, dores abdominais e emagrecimento sem causa aparente”, conclui.
 

Tratamento para um câncer silencioso 

A médica explica que o tratamento depende da fase da doença. “Ele pode ser desde endoscópico, com remoção do tumor por meio da própria colonoscopia ou, até mesmo cirúrgico, quando mais avançado, e exigir terapias complementares com quimioterapia e radioterapia”, exemplifica Aline. O endoscópio é um método que envolve a passagem de uma sonda, onde o tumor é aquecido e queimado com a aplicação de uma corrente elétrica. 

A terapia complementar com quimioterapia ou radioterapia é feita para diminuir a possibilidade de retorno do tumor. A médica alerta ainda que muitos dos sintomas podem ser confundidos com hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, mas que ao menor sinal precisa ser investigado e tratado de forma específica para o grau do tumor.


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