Para ajudar a população a entender de forma didática e simplificada como o vírus causador da pandemia pode deixar sinais evidentes na pele, cabelo e unhas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) acaba de lançar o “Guia sobre a covid-19 e suas manifestações cutâneas”. A publicação trazer informações importantes sobre o tema, inclusive alerta que lesões cutâneas decorrentes dessa doença podem ser parecidas com as de outras. Por conta disso, esclarece a SBD, é importante a avaliação de cada caso por dermatologista para diagnóstico e tratamento corretos.
ACESSE
O GUIA SOBRE COVID NA ÍNTEGRA
No “Guia sobre a covid-19 e suas manifestações cutâneas”,
os especialistas enfatizam que, embora os principais sintomas da doença sejam
respiratórios, estima-se que seis em cada grupo de 100 pacientes com a doença
apresentam alguma manifestação na pele. Apesar do número parecer baixo, o texto
ressalta que identificar quadros nesta situação ajuda no diagnóstico precoce da
covid-19 e no acompanhamento dos casos.
Pacientes com covid-19 podem apresentar lesões na pele,
sendo as mais comuns manchas vermelhas. Elas são chamadas de “exantema” ou
“rash”. Os especialistas pontuam que surgem nos primeiros dias da doença e
podem coçar e descamar. A melhora ocorre de forma espontânea, com a recuperação
do quadro clínico.
Por sua vez, outras lesões, como a urticária, podem
preceder sintomas gerais ou surgir concomitante a eles. O documento traz ainda
a informação de que há relatos de pacientes em que lesões de pele foram o único
sintoma da doença, uma situação que tem sido avaliada pela comunidade
científica.
Cabelos - A covid-19 pode desencadear, ainda, queda
capilar intensa, também chamada de eflúvio telógeno. Esse sintoma se inicia de
um a três meses após a infecção viral e a duração é variável. Os médicos frisam
que medidas como alimentação adequada e lavagem dos cabelos na frequência
recomendada podem ajudar. Em alguns casos, o tratamento específico com
suplementação de nutrientes e medicações pode ser necessário, devendo ser
orientado por dermatologista.
Outra manifestação relatada é a chamada de “dedos covid”
ou pseudo eritema pérnio. Eles se caracterizam por manchas arroxeadas ou
vermelhas nas pontas dos dedos dos pés, mãos, nariz e orelhas, que podem ser
acompanhadas de leve inchaço, aumento da sensibilidade, queimação e dor. A
melhora também ocorre espontaneamente em algumas semanas, podendo ser
necessário o auxílio de medicações analgésicas e anti-inflamatórias. Dentre as
crianças, essa é a manifestação cutânea mais comum e indica pouca gravidade da
doença.
O trabalho publicado pela SBD, que comemora 110 anos de
fundação, aborda ainda a relação das vacinas para covid-19 com problema de
pele. O Guia explica que reações cutâneas também podem ocorrer após o uso de
qualquer tecnologia, sendo mais comum a reação no local da aplicação (imediata
ou tardia). Nestas situações, há edema, vermelhidão e dor local, o que pode
exigir tratamento com medicamentos. Porém, o documento ressalta que, até o
momento, não existe reação cutânea à vacina que impeça a aplicação da segunda
dose ou dose de reforço, quando indicadas.
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