Um dos temas que ganhou mais espaço dentro das organizações devido à pressão da pandemia foi o cuidado com a saúde mental dos colaboradores. Indo de encontro com esse movimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a classificar a Síndrome de Burnout como doença do trabalho.
Válida
desde 1º de janeiro de 2022, a classificação é bastante simbólica, já que neste
mesmo mês acontece a campanha Janeiro Branco, que propõe a conscientização
sobre as necessidades relacionadas à saúde mental.
De
acordo com a OMS, o burnout deixa de ser um “simples” problema mental e quadro
psiquiátrico e passa a ser considerado como “estresse crônico de trabalho que
não foi administrado com sucesso”.
Ainda
segundo a organização, os sintomas dessa síndrome são:
- sensação de esgotamento
- cinismo ou sentimentos negativos relacionados
a seu trabalho
- eficácia profissional reduzida
Neste
artigo, saiba como é a atual situação nas empresas e qual o papel de
Comunicação Interna e RH no assunto. Confira.
Alertas ligados para o burnout
Segundo
o Índice de Bem-estar Corporativo do
Zenklub em 2021, que foi respondido por mais de 1.600 profissionais
de 335 empresas, o nível de bem-estar no mercado brasileiro recebeu a nota de
49,25.
Um
dos fatores de grande impacto na nota foi justamente o burnout, com relatos de
esgotamento por parte dos colaboradores. O mesmo estudo mostra que, dentre os
“inimigos do bem-estar”, a síndrome aparece em primeiro lugar, com 58,75%.
De
acordo com a Exame: “se antes o
esgotamento e o estresse preocupavam a gestão de pessoas pela falta de
engajamento, menor produtividade ou a perda de profissionais, agora o Burnout
ganha mais um fator de risco jurídico e financeiro”.
A
Forbes compartilhou algumas dicas práticas para os profissionais que enfrentam
o burnout:
- Conheça a origem do seu esgotamento;
- Diga algo, peça ajuda à empresa;
- Reconecte-se com os seus valores.
Comunicação
Interna e RH contra o burnout
Precisamos
levar em consideração que, com o avanço da vacinação e a volta de muitas
empresas para um modelo presencial e/ou híbrido, as pessoas estão receosas e
nervosas com o que as espera nesse novo cenário.
Sendo
assim, a CI deve continuar investindo em uma comunicação transparente,
construindo e mantendo relações de confiança com o colaborador.
Além
disso, a área deve manter em seu radar a constante comunicação sobre a
importância do cuidado com a saúde mental, evitando que quadros
se agravem e síndromes como o burnout apareçam.
Já
o RH deve manter a saúde mental e seus cuidados como uma das prioridades para o
novo ano (e para os próximos também), pois cuidar do colaborador reflete
na sua felicidade e produtividade.
E,
indo além, demonstra grande respeito pelo profissional como pessoa, antes de
qualquer vínculo empregatício, algo que é muito buscado hoje em dia.
Ações
que promovam bem-estar, como benefícios e/ou campanhas que incentivem o
equilíbrio entre vidas profissional e pessoal, devem fazer parte do
planejamento da área.
Gabriel Kessler - CGO do Dialog.ci
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