Obstrução intestinal - Divulgação |
Uma obstrução intestinal - alteração que atingiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) - pode ocorrer de forma total ou parcial e atingir o intestino grosso ou delgado. Entre os sintomas mais comuns estão dores abdominais intensas, náuseas e vômitos, parada na eliminação de gases e fezes e distensão abdominal.
De acordo com o cirurgião do aparelho
digestivo e presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH), Marcelo
Furtado, é muito importante diferenciar os tipos de obstrução. “A suboclusão
intestinal é quando o órgão fica parcialmente entupido, mas a pessoa apresenta
um quadro geral bom de saúde e o conteúdo intestinal ainda consegue passar por
aquela suboclusão. A obstrução total é quando o intestino está totalmente
fechado, entupido, por algum motivo e o conteúdo intestinal não consegue
transpor o ponto da obstrução, explica.
A hérnia da parede abdominal pode ser
uma das causas dessa obstrução. “Ela é um defeito na musculatura, um orifício,
e alguma estrutura do nosso corpo pode passar, por ele, na maioria dos casos, o
intestino. Em alguns casos o intestino pode ficar preso nessa abertura e
ocasionar a complicação que chamamos de encarceramento ou estrangulamento”,
explica Marcelo.
Essas complicações podem acontecer em
hérnias incisionais (no local de uma cirurgia anterior), hérnias umbilicais ou
inguinais (na virilha).
Se não atendido e tratado
adequadamente, a obstrução intestinal ocorrida na hérnia pode levar à morte.
“Isso porque o estrangulamento compromete o fluxo sanguíneo podendo levar a
isquemia e gangrena”, alerta o especialista.
O tratamento para a obstrução
intestinal pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo das necessidades de cada
paciente.
No caso do presidente Jair Bolsonaro
(PL), cuidados médicos clínicos foram realizados para reverter uma sub-oclusão
intestinal no início deste ano, ocorrida pela segunda vez. Ele já havia sido
internado para tratamento, em julho de 2021.
Bolsonaro recebeu alta hospitalar no
dia 05 de janeiro, com uso de uma sonda gástrica e hidratação nasoenteral. Não
houve necessidade de cirurgia.
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