Gratuita, a visitação é de terça a sábado das 11h às 19h, domingos e feriados das 12h às 18h;
O espaço segue os protocolos das autoridades sanitárias de controle à pandemia
A mostra coletiva “Máscaras: fetiches e fantasmagorias”,
presente no Paço das Artes - instituição que pertence à Secretaria de Cultura e
Economia Criativa do Estado de São Paulo, exibe trabalhos de quinze artistas
contemporâneos e conta com a curadoria de Mirtes Marins de Oliveira. A
exposição reúne pinturas, esculturas e instalações que estimulam a reflexão em
torno de representações de corpos e objetos, personagens da história da arte,
costumes e práticas da sociedade.
A exposição reúne obras dos artistas André Azevedo, Denilson
Baniwa, Panmela Castro, Gustavo von Ha, Adão Iturrusgarai, Niobe Xandó,
Leonilson, Giuseppe Capogrossi, Luisa Paraguai, Letícia Parente, Gretta
Sarfaty, Antony Gormley, Martha Araújo, Efigênia Rolim, Gustavo Torrezan.
Organizada a partir de eixos que se entrecruzam e se
sobrepõem, as obras dialogam com símbolos e têm por objetivo desorganizar,
desconstruir e questionar as representações e a finalidade de objetos do
cotidiano. A mostra também apresenta os conceitos das máscaras, fetiches,
fantasmagorias ao longo da história.
Por dentro da exposição
Entre os destaques está o curta-metragem autobiográfico
“Penumbra” de Panmela Castro. A artista visual, ativista,
grafiteira e performer registrou neste trabalho noites de solidão em seu ateliê
durante a quarentena de 2020, apresentando o desdobramento de um grave problema
social: o racismo.
Na performance “Pajé Onça” o artista visual e comunicador do
Movimento Indígena Amazônico, Denilson Baniwa, revela a conexão do nosso
universo com outros mundos (dos animais, das plantas e do invisível), guiado
pelo pajé Maliri, membro mais forte e com maior conhecimento do povo Baniwa.
A pintora, artista multimídia com foco em fotografia e
performance, Gretta Sarfaty apresenta a série de fotografias “Auto-Fotos I, II
e III”. A artista busca questionar a representação do corpo como um lugar de
transformação e passagem, além de abordar questões de certos regimes visuais.
Cartunista, humorista, escritor e artista visual, Adão
Iturrusgarai, integra a exposição com a série Fetiche (Carros). As pinturas
exibem veículos e máquinas, emblemas de força, rapidez e empoderamento, que se
fundem aos corpos e as características humanas.
Também merece destaque a instalação “Cast Iron” na qual
Antony Gormley representa um triplo fascínio e ponto de inflexão sobre os
corpos na história da arte ocidental, a conexão com meditações filosóficas
sobre futuros planetários e o de sua inserção em circuito mundial. O mesmo se
dá com o artista Leonilson, cuja obra afetiva e existencial, marcada pela
tragédia geracional do HIV, materializa o desejo de transcendência do tempo
mundano por meio de símbolos extraídos da iconografia católica.
Já o artista, pesquisador, educador, Gustavo Torrezan exibe
a escultura “Bandeirante”. O trabalho associa dois momentos da história: as
recentes manifestações patrióticas ocorridas desde o segundo mandato da
primeira presidenta eleita, cujos manifestantes fazem uso da camiseta amarela
da equipe de futebol, com o bandeirantismo, quando colonizadores faziam uso de
cavalos para assolar os povos originários.
Exposição “Máscaras: fetiches e fantasmagorias”
de Mirtes Marins de Oliveira
Até 13/03/22
Terça a sábado das 11h às 19h, domingos e feriados das 12h
às 18h
Paço das Artes
Rua Albuquerque Lins, 1331 - Higienópolis, São Paulo/SP
www.pacodasartes.org.br | www.mapa.pacodasartes.org.br
Grátis
Nenhum comentário:
Postar um comentário