Especialistas do
Hospital Paulista dão dicas de prevenção a problemas que podem atrapalhar as
férias de verãoShutterstock
O verão está
chegando e, com ele, para muitos, a temporada de férias. Se por um lado, o
tempo quente e seco é um verdadeiro convite para praias, piscinas e cachoeiras,
por outro, pode ser a porta de entrada para alguns problemas de saúde.
Os
otorrinolaringologistas do Hospital Paulista Gilberto Ulson Pizarro e Cristiane
Passos Dias Levy alertam para as doenças mais comuns na estação e dão dicas de
prevenção às otites, dores de garganta e alergias respiratórias.
Dor de garganta
Apesar de mais comum
no frio, a dor de garganta pode ter várias causas, sendo a mudança brusca de
temperatura uma delas. Conforme Dr. Gilberto, a oscilação do clima diminui o
batimento ciliar da mucosa, podendo deixar bactérias entrarem na garganta.
"A piora pode acontecer
por conta das trocas bruscas de temperatura, como quando alguém está no sol
quente e depois toma sorvete. Ou, ao chegar da praia com o corpo quente, ir
para o ar-condicionado", explica o especialista.
O médico reitera a
importância de tomar água com frequência ao longo do dia, principalmente
durante o calor.
"A garganta é
uma região que só trabalha bem quando está úmida. Caso haja ressecamento por
falta de hidratação ou alguma doença, podemos ter inflamações da mucosa, dores
e sensações de inchaço ao engolir", ressalta.
Otites e ouvido
tapado
Outro grande afetado
durante as férias pode ser o ouvido, que sofre tanto por conta das otites -
processo inflamatório e infeccioso que acontece por conta do tempo excessivo
que as pessoas passam dentro da água - como em decorrência dos incômodos
causados ao descer a serra em direção ao litoral, por exemplo.
Dr. Gilberto detalha
como é possível evitar o problema, mantendo livre a comunicação do nariz com o
ouvido, chamada de tuba auditiva. Já para evitar as otites, o médico indica
algumas recomendações básicas:
• Enxugue os ouvidos
com a ponta da toalha, sem esfregar, após nadar;
• Não utilize hastes
flexíveis ou qualquer objeto dentro dos ouvidos. Eles podem causar feridas na
pele, retirar a camada protetora de cera e aumentar a probabilidade de
infecção;
• Evite mergulhar em
água suja;
• Para quem tem
otites recorrentes, é recomendável utilizar protetores auriculares de silicone;
• Procure não passar
um longo período dentro da água.
Alergias respiratórias
Cerca de 30% da
população brasileira possui algum tipo de alergia, segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS). Para aqueles que apresentam o problema, o verão costuma
ser uma estação mais delicada, podendo potencializar crises e desconfortos.
"Apesar das
alergias respiratórias estarem associadas a outras estações do ano, devemos
lembrar que é no verão que temos exposição a mudanças bruscas de temperatura,
ao ar seco do ar-condicionado e a ambientes com muitos ácaros, que ficaram
fechados por longos períodos de tempo, como casas de veraneio", explica
Dra. Cristiane.
A especialista
destaca que, para um diagnóstico correto e completo, é importante que o médico
pesquise o histórico clínico do paciente, bem como o familiar. Dessa forma, ele
poderá identificar a causa da alergia.
Confira abaixo
algumas dicas da médica para diminuir as chances de crise:
• Tomar bastante
água;
• Fazer lavagens
nasais frequentes com soro fisiológico para hidratar as mucosas;
• Abrir as casas de
veraneio com antecedência e chegar, de preferência, durante o dia para abrir
bem a casa;
• Limpar bem a casa
ou o ambiente que irá utilizar;
• Optar por aspirar
e passar pano úmido em vez de varrer os locais;
• Usar capas
antiácaros em colchões e travesseiros;
• Sempre que
possível, colocar travesseiros e edredons no sol;
• Evitar objetos que
acumulem pó nos quartos, como cortinas, tapetes e carpetes;
• Limpar com
frequência os filtros de ar-condicionado;
• Evitar, quando
possível, mudanças bruscas de temperatura;
• Buscar auxílio
médico assim que possível e não abandonar o tratamento após o verão.
Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
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