De acordo com o
Ministério da Saúde, transtornos mentais são a 3ª maior causa de afastamento do
trabalho.
A pressão constante, o alto número de demandas e a
competitividade dentro do ambiente corporativo muitas vezes implica diretamente
no equilíbrio emocional dos profissionais. No Brasil, os transtornos mentais
estão entre os maiores responsáveis de longos afastamentos do trabalho.
Segundo dados divulgados pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), em 2015, o transtorno mais prevalente no mundo era a depressão,
que chegou a impactar a vida de mais de 300 milhões de pessoas, o que equivale
a 4,4% da população mundial. Ao mesmo tempo, um número aproximado de indivíduos
também sofria de ansiedade. “Com a Covid-19 esse cenário só se agravou, uma
pesquisa divulgada pelo Instituto Ipsos apresentou que 53% dos brasileiros
declararam que seu bem-estar psicológico piorou significativamente no último
ano”, diz João Esposito, economista e CEO da Express CTB, accountech de
contabilidade.
Na era da globalização, a constante tensão do
mercado de trabalho aliada ao medo do desemprego muitas vezes acaba por induzir
a população a se submeter a péssimas condições laborais, o que causa inúmeras
consequências para a sua saúde mental.
Para quem sofre de transtornos mentais, muitas
vezes a tarefa de entender a situação e desabafar sobre seus sintomas pode ser
muito difícil. Os aspectos psicológicos da sociedade ainda são alvos de muitos
estigmas e incompreensões, até mesmo quando diz respeito a si mesmo. “A maior
referência que temos como ‘termômetro’ para identificar quando a mente não vai
bem, é o nosso próprio corpo. Ele sempre envia alertas. O problema é que nós
temos dificuldade para compreender esses sinais, principalmente quando se trata
de nossa saúde mental, o que dificulta enormemente a busca de intervenções
adequadas para mitigar o sofrimento e os efeitos do problema”, explica Marshal
Raffa, Diretor Executivo da Thomas Case & Associados.
A discussão acerca da relação saúde-trabalho-doença
vem ganhando cada vez mais destaque dentro dos ambientes organizacionais. Mesmo
assim, ainda existem muitas empresas que não entendem qual o seu papel dentro
do bem-estar de seus colaboradores.
É de fundamental importância o reconhecimento por
parte da organização acerca do vínculo entre a função laboral e o adoecimento
mental. O setor de RH e a liderança corporativa devem, juntos, manterem-se
atentos ao seu quadro de funcionários a fim de detectar os possíveis sintomas.
São eles:
- Perda
de interesse e prazer em realizar atividades que antes eram consideradas
agradáveis;
- Sensação
de cansaço constante;
- Baixa
autoestima;
- Sentimento
de culpa;
- Falta
de concentração;
- Oscilação
do humor;
- Ansiedade;
- Distúrbios
do sono e do apetite.
“Caso sejam identificados membros que apresentam
algum desses sinais, cabe a organização disponibilizar os recursos necessários
para sua recuperação. Os distúrbios psicológicos são problemas reais que afetam
não apenas o indivíduo, mas todos que o rodeiam”, ressalta Esposito.
Estamos no Setembro Amarelo, mês de prevenção ao
suicídio gerado em sua maioria por transtornos mentais, mas devemos dar atenção
a eles todo os dias do ano.
Express CTB
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