22 de Setembro é o Dia Mundial de Conscientização da Narcolepsia - distúrbio do sono crônico que causa sonolência excessiva diurna
No Dia Mundial de Conscientização da Narcolepsia,
distúrbio do sono crônico que causa sonolência excessiva diurna e que
compromete intensamente o dia a dia das pessoas que sofrem com a doença,
especialistas da Associação Brasileira do Sono
alertam a população sobre a importância de fazer o diagnóstico deste distúrbio,
que afeta cerca de 3 milhões de pessoas no mundo.
De acordo com os especialistas, a doença pode levar
mais de dez anos para ser diagnosticada, isso porque muitas pessoas confundem a
sonolência incontrolável (que se manifesta durante o dia) com preguiça.
“Os sintomas da Narcolepsia variam de pessoa para
pessoa, mas na maioria dos casos a sonolência excessiva diurna é o sintoma mais
comum. Ao aparecer qualquer um desses sinais é importante que seja feita uma
avaliação médica para que se possa fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento.
No Brasil, a doença ainda é pouco conhecida e, por isso, muitas pessoas demoram
quase 10 anos para receberem o diagnóstico”, afirma Dra. Andrea Bacelar, médica
neurologista, presidente da Associação Brasileira do Sono.
"O diagnóstico da narcolepsia é difícil de ser
feito, principalmente se ela começar na infância, ou na adolescência, que é o
momento em que as crianças naturalmente têm sono diurno e tiram soneca durante o
dia, assim como os adolescentes. Esse desafio no diagnóstico faz com que nós,
médicos, sejamos muito precisos na avaliação da sonolência. O diagnóstico
passa por uma boa avaliação dessa sonolência, o quanto ela influencia no dia da
pessoa, se a mesma apresenta outros sintomas associados ao sono REM, como a
paralisia do sono, alucinações hipnagógicas, pois todos esses sintomas
relacionados ao sono REM também aparecem nas pessoas com Narcolepsia",
explica a Dra. Letícia Soster, neurofisiologista e Médica do Sono da Associação
Brasileria do Sono.
Tipos de Narcolepsia:
Existem dois tipos de Narcolepsia: Tipo 1 e Tipo 2.
- Tipo 1 – quando o paciente apresenta níveis
baixos de hipocretina, relato de cataplexia e sonolência excessiva diurna.
- Tipo 2 – quando há sonolência excessiva diurna e
geralmente não há fraqueza muscular desencadeada por emoções. Os sintomas são
menos graves e os níveis de hipocretina são normais.
Tratamento:
Há duas formas de se tratar a Narcolepsia:
tratamento comportamental e tratamento medicamentoso.
Tratamento Comportamental – Baseia-se
nas orientações da família e paciente, com orientações de mudança de hábitos
diários e novas medidas de segurança, como evitar trabalhos em turnos; novas
medidas de higiene do sono com programação de breves cochilos durante o dia
para melhorar o estado de alerta.
Tratamento medicamentoso – para
controle dos sintomas mais incapacitantes, como a sonolência excessiva e a
cataplexia.
Para amenização do principal sintoma que é a
sonolência excessiva diurna, as médicas do Sono apontam as seguintes
recomendações:
- Tente conhecer como funciona o seu organismo em
relação ao sono e respeite sua necessidade de sono. Cada indivíduo possui a
sua.
- Ajuste seus horários de sono. Tente mantê-lo regular.
- Adote as sonecas programadas, elas vão te ajudar a controlar essa sonolência.
- Opte por uma dieta que contribua para ter menos sono durante o dia.
- Pratique atividades físicas regulares.
Na Cartilha Narcolepsia
- Do Diagnóstico ao Tratamento, elaborada pelos especialistas da Associação
Brasileira do Sono há mais detalhes sobre o assunto.
Facebook: @associaçãobrasileiradosono
Instagram: @absono
Twitter: @AbsSono
Linkedin: ABS Associação Brasileira do Sono
You Tube: Canal do Sono
Spotify e Deezer: Absono
Nenhum comentário:
Postar um comentário