O Low Pressure Fitness, conhecido popularmente como LPF, tonifica a musculatura do assoalho pélvico e normaliza as fáscias que envolvem as vísceras pélvicas , auxiliando no pré e pós-operatório
Bastante
invasiva e delicada, a histerectomia é uma cirurgia ginecológica de retirada do
útero, recomendada em casos mais graves de miomas, hemorragias, entre outras
patologias. Assim como todo procedimento cirúrgico, é necessário ter atenção
nas práticas antes e depois da operação e, nesta condição, o Low Pressure
Fitness ( LPF ) entra como um grande aliado das pacientes. A técnica é
indicada para o fortalecimento abdominal e do períneo , trazendo diversos
benefícios às mulheres histerectomizadas.
A
embaixadora do método no Brasil, Carol Lemes, explica que o treinamento
postural e respiratório é fundamental para evitar complicações. Regular o tônus
e restabelecer a função dos músculos das regiões afetadas é importante no
pré-operatório da retirada do útero . Além disso, o LPF é utilizado para
proporcionar um reparo tecidual eficaz, já que os exercícios normalizam as
tensões dos tecidos e facilitam a reorganização das fibras de colágeno,
restabelecendo a integridade tensional dos revestimentos das vísceras
favorecendo o reparo tecidual ideal ", aponta.
Segundo
a especialista, os exercícios já são essenciais para o fortalecimento das
musculaturas abdominal e perineal das mulheres de modo geral, mas, para aquelas
que vão passar ou já passaram pela histerectomia, é ainda mais importante.
“Existem evidências que um grande número de pacientes que passam pela cirurgia relatam
incontinência urinária. Porém, com uma boa competência da musculatura pélvica ,
ou seja , tônus regulado e um períneo funcional , as chances minimizam, já que
os órgãos pélvicos não “caem” durante tosse, espirro ou atividade física de
alto impacto”, explica.
Com
a autorização do médico, Carol recomenda que a prática do LPF seja iniciada com
ao menos três meses de antecedência do procedimento, no mínimo uma vez por
semana e sempre direcionada por um profissional certificado , para que o corpo
tenha tempo suficiente para responder aos estímulos. Para os cuidados depois da
cirurgia, a profissional ressalta a importância do acompanhamento de um
fisioterapeuta osteopata além do método. “Nessa fase é indicado que a paciente
comece com os exercícios posturais e respiratórias a partir de 45 dias
pós-cirurgia, sendo que o vácuo abdominal só introduzimos após 90 dias, pois
não recomendamos carga mecânica intensa nesse período de regeneração tecidual .
E, claro, depois da recuperação completa, o LPF pode ser utilizado como uma
manutenção constante dos músculos abdominais e perineais, completa.
Carol Lemes - Formada em Educação Física pela UNICAMP, Carol Lemes é
embaixadora no Brasil do método Low Pressure Fitness, mais conhecido como a
técnica da barriga negativa. Carol foi a primeira brasileira a ter a
certificação da escola Internacional Hypopressive & Physical Therapy
Institute e, em 2015, trouxe a LPF para o país. Desde então, já formou mais de
5 mil fisioterapeutas e profissionais da área aptos a aplicarem a técnica em
mais de 50 cidades.
Instagram: @carollemeslpf
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