A busca pela segurança dos pacientes e a garantia da efetividade clínica durante o tratamento médico são pautas que crescem a cada dia nas instituições de saúde . Esta preocupação pode ser evidenciada pelos números referentes a eventos adversos identificados em pacientes do sistema de saúde, seja público ou privado. De acordo com a pesquisa mais recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG), somente em 2016, mais de 302 mil brasileiros faleceram em decorrência destas adversidades em hospitais do País.
Estes eventos ocorrem
por inúmeros motivos, desde falhas na dosagem ou aplicação de medicamentos, uso
incorreto de equipamentos, infecção hospitalar e, até mesmo, na maneira como o
paciente conduz o tratamento indicado pelo médico. É importante entender que
isto não quer dizer que seja, necessariamente, um erro, mas, sim, uma
ocorrência que poderia, na maior parte das vezes, ter sido evitada.
Dentro deste cenário,
as principais preocupações dos profissionais do ecossistema da saúde estão relacionadas
às tomadas de decisões terapêuticas, às prescrições de medicamentos e ao
alinhamento das informações. Diante deste quadro, qual a melhor forma para que
as instituições consigam virar esta página e avançar em direção a uma maior
segurança e qualidade no cuidado ao paciente?
A tecnologia como
fator decisivo nas tomadas de decisões terapêuticas
O intuito de qualquer
instituição hospitalar é reduzir ao mínimo os danos causados a pacientes por
meio de eventos adversos. Para que isto seja possível, os principais aliados
dos profissionais de saúde são os recursos e ferramentas tecnológicas de suporte à decisão clínica e terapêutica .
Estas soluções
baseadas em evidências são responsáveis por reduzir os erros de prescrições de
medicamentos, aumentar a segurança do paciente, bem como prover informações
mais completas e atualizadas, não apenas para médicos e farmacêuticos, mas para
toda equipe multidisciplinar do setor de saúde.
Com a inclusão destas
plataformas na rotina das instituições, os profissionais da área passam a ter
acesso a uma série de soluções que agregam conteúdo relevante no suporte às
decisões. Este tipo de ferramenta traz conteúdos mais diversos, como
informações a respeito de dose, indicação de uso, interações medicamentosas,
toxicologia, comparações entre medicamentos, bem como considerações sobre
gravidez e lactação. Informações cruciais e que dão suporte ao profissional na
escolha da terapia mais adequada para cada paciente, garantem mais eficácia no
tratamento e, consequentemente, queda nos erros de prescrição e administração
medicamentosa.
Impacto econômico das
tecnologias de suporte à decisão terapêutica
Além dos desfechos
negativos em decorrência dos eventos adversos, a pesquisa da IESS-UFMG aponta,
também, o impacto econômico causado por estes eventos. Segundo o documento,
mais de R﹩ 10 bilhões foram consumidos pelos eventos adversos, no ano
de 2016, somente na saúde suplementar brasileira. Neste contexto, decisões mais
assertivas e tratamentos adequados e baseados em evidências clínicas poderiam
garantir um destino mais adequado a estes recursos.
Desta forma, podemos
compreender que sem o auxílio efetivo de tecnologias e ferramentas de suporte à
decisão, estes números se manterão longe do cenário ideal. Portanto, quanto
mais aderente à tecnologia e alinhada à medicina baseada em evidências a
instituição estiver, mais precisas serão as decisões clínicas, menores serão os
custos e mais seguro será o tratamento, aprimorando a qualidade no cuidado de
cada paciente.
Natália Cabrini - Diretora de Estratégias de Mercado da Wolters Kluwer
,
Health na América Latina.
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