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sábado, 17 de julho de 2021

Meditar contribui para o bem-estar emocional das crianças

Mas Débora Garcia, professora de meditação, alerta que é preciso compreender o público infantil para levar a ele práticas meditativas adequadas que realmente ajudem no entendimento das emoções do momento atual 

A pandemia alterou o comportamento de todas as pessoas, independente da idade. Crianças foram afetadas com a falta de aulas presenciais, brincadeiras no recreio escolar, atividades ao ar livre, festas de aniversário, enfim, o distanciamento social elevou os níveis de estresse, ansiedade, medo, frustração e tédio.  

A meditação tem sido apontada como uma maneira de aliviar essas emoções, mas é necessário entender o público infantil para oferecer práticas meditativas que gerem resultados positivos e contribuam para que os pequenos consigam lidar com suas emoções. 

A observação é da professora de meditação Débora Garcia. “Meditar traz benefícios sim para o desenvolvimento emocional, no entanto, temos que analisar que a meditação voltada para as crianças deve acontecer em curta duração, com elementos lúdicos e de forma natural”.  

A meditação consiste em concentração e relaxamento da lógica por um tempo determinado, destaca Débora. “Para aplicar essa técnica em crianças são precisos outros artifícios. Hoje, os pequenos têm ao seu redor excesso de distrações e estímulos, visuais principalmente, dificultando que elas foquem em um ponto”, explica.  

Débora explica que controlar a respiração é fundamental para manter a concentração por 15 minutos, por exemplo. “Mas na realidade da criança de hoje esse tempo será insuportável”, qualifica. Para iniciar os pequenos no exercício de meditar, o tempo é importante. “Começar com dois a cinco minutos é uma boa opção”.  Como estimular a criança a focar em apenas em um ponto para favorecer a concentração? A sugestão da professora é usar um estímulo visual como a chama de uma vela ou aditivo, um áudio.   

O envolvimento de pais, responsáveis ou cuidadores nesse momento também é relevante, principalmente quando eles expõem com naturalidade sentimentos, pensamentos e emoções.  “A vivência contribui para o desenvolvimento da inteligência emocional e habilidades das crianças, que aprendem por exemplos”, afirma Débora. 

 “Quando se aplica técnicas adequadas os resultados são muito benéficos para o desenvolvimento emocional das crianças”, sublinha Débora. Ela que quando se medita o sistema nervoso central libera neurotransmissores e hormônios que favorecem a manutenção da saúde mental, contribuindo para o controle das emoções.

 


Débora Garcia - palestrante, professora de meditação, escritora e mentora, atua no mercado corporativo e para autogestão pessoal. Formada em Educação Física pela UMESP, especializada em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP, atua também na área de educação corporal por mais de 14 anos, identificando que as habilidades ou inabilidades internas são pontos limitantes tanto no desempenho esportivo como na vida.

 

MF Press Global 

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