César Karam reflete que o descontrole das finanças acontece pela desorganização advinda de rotinas muito aceleradas no dia-a-dia, fazendo com que sobre pouco tempo para cuidar do orçamento e planejar gastos e investimentos
A Confederação
Nacional do Comércio (CNC) divulgou recentemente que 69,7% das famílias
brasileiras estão endividadas e grande parte está impossibilitada de pagar suas
dívidas sem comprometer a sobrevivência.
Segundo o
educador financeiro César Karam,
o descontrole das finanças acontece pela desorganização advinda de rotinas
muito aceleradas no dia-a-dia, fazendo com que sobre pouco tempo para cuidar do
orçamento e planejar gastos e investimentos. “A má gestão do tempo gera ainda
subproblemas como, por exemplo, o atraso no pagamento de contas e acúmulo de
despesas extras no cartão de crédito”, ressalta.
Karam explica
que a compra por impulso é, sem dúvidas, um dos maiores inimigos daquele que
está buscando regularizar suas finanças. “A pandemia representa um momento
economicamente de maior cautela e de mais vigilância por parte das pessoas”,
pondera. “Racionalmente, poupar faz mais sentido em tempos de incertezas, mas
as emoções estão muito afloradas e instáveis o que acaba contribuindo para
tomada de decisões erradas e gastos desnecessários”, completa.
Por conta do
fechamento de postos de trabalho, que acelerou as taxas de desemprego, corte de
salários etc., a informalidade ganhou espaço no mercado e fez surgir várias
maneiras de engrossar a renda familiar. Karam observa que para aqueles
profissionais que se dão bem com o digital, a prestação de serviços como
freelancer pode ser uma excelente opção. “Há uma demanda cada vez maior por
pessoas que produzam textos, posts e vídeos para mídias sociais e tudo mais que
envolva a internet”, assegura. E para os que preferem o mercado offline, uma
boa fonte de ganhos extras pode estar escondida atrás da produção de alimentos,
que podem ir de marmitas a sobremesas, ensina.
O educador
financeiro recomenda aos consumidores com dívidas atrasadas que busquem
negociar com o credor a redução nas taxas de juros. “É interessante verificar a
possibilidade de dever toda a quantia apenas para um devedor que cobre os
menores juros e, assim, já quitar os demais”, explica. “Em seguida é preciso
estabelecer uma prestação possível de pagar, e passar a ter controle total de
suas despesas através de uma planilha, sistema ou mesmo um caderno”, frisa.
Karam sugere
ainda que o consumidor procure ficar a par da Lei do Superendividamento que
traz benefícios de renegociação de dívidas com melhores condições de pagamento.
CésarKaram – formado em
Administração de Empresas com especialização na área de investimentos e em
coaching e PNL. Tem MBA pela Fundação Getúlio Vargas e CNPI – Certificado Nacional
do Profissional de Investimentos.
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