Especialista no setor elenca as principais vantagens do preprint como uma solução de acesso e compartilhamento de publicações acadêmicas em tempos de isolamento social
O Brasil é o 11º primeiro em número de publicações científicas sobre Covid-19, segundo a Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica. Isso explica por que os preprints estão cada vez mais populares no meio acadêmico. A Even3 - plataforma de eventos virtuais e publicações científicas - levantou que 43% das publicações depositadas no site são do formato preprint.
“A palavra ‘preprint’ significa ‘pré-publicação’, ou seja, de maneira geral, esse documento original e de teor científico é publicado em um repositório online, antes mesmo da avaliação de uma banca responsável por analisar trabalhos, algo bem característico dos periódicos e das revistas científicas. Por não ter sido publicado em uma revista científica e sim nesse repositório, ele acaba ficando conhecido como não publicado”, explica Welington Almeida, gerente de produto da Even3 Publicações.
Um estudo feito em 2020, chamado Preprinting a pandemic estima que ao menos 37% dos artigos publicados (16 mil até então) não haviam passado pela revisão de outros cientistas. Por não terem sido avaliados e revisados, tiveram a opção de serem publicados em repositórios online. “Os preprints são muito efetivos no meio científico e acadêmico, pois agilizam a comunicação e divulgação de manuscritos por todo o mundo”, afirma Almeida.
Segundo
Welington, “a grande vantagem desse formato é que o autor pode divulgar a
pesquisa científica mais rapidamente mesmo que esta não esteja completamente
finalizada, além de poder atualizar ou alterar o conteúdo sempre que
necessário, caso surjam novos dados e informações relevantes, podendo contar
com a colaboração de outros pesquisadores durante a construção do documento”.
Além disso, um estudo em Tenesse, revela que os artigos que contavam com
preprint têm em média um índice Altmetric 49% maior e 39% mais citações
que os artigos sem preprint, gerando grande valor para o pesquisador que busca
ser referenciado.
Pensando nisso, o especialista listou as 4 principais vantagens para investir no modelo preprint:
Agilidade
na publicação
Os preprints são
ideais, pois permitem a publicação do artigo em um prazo muito mais curto que
os periódicos. Para ser publicado, passa apenas por uma breve avaliação, que
vai confirmar que de fato trata-se de um conteúdo científico, e, se estiver
tudo certo, é publicado no prazo de um dia na internet.
Acessibilidade e visibilidade
Esse
tipo de formato permite que o autor tenha controle do alcance da sua publicação
em escala mundial, já que pode visualizar a quantidade de acessos que o arquivo
teve. Com essa facilidade, pode tornar o trabalho conhecido mais rapidamente,
além de conquistar uma reputação e ser visada por revistas científicas resultando
numa publicação mais completa.
Construção
conjunta
O
formato permite que outros pesquisadores possam ver, comentar e até promover
novas parcerias. Dessa forma, é possível mensurar o impacto da pesquisa e
alcançar um público mais amplo para seu trabalho.
Atualizações
ilimitadas
Sempre
que surgir um novo dado ou precisar alterar uma informação da sua pesquisa,
você poderá alterá-la. Todas as versões ficam salvas e disponíveis no sistema.
Assim, o leitor consegue acompanhar todas as atualizações feitas e o andamento
da pesquisa.
Even3
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