A América Latina está em segundo lugar entre as regiões com maior produção e comercialização de medicamentos falsificados
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de
700 mil mortes por ano são causadas pela venda de medicamentos falsificados. O
Instituto Internacional de Medicamentos Falsificados, organização criada em
2010 para combater esse problema, revelou que a América Latina está em segundo
lugar entre as regiões com maior produção e comercialização de medicamentos
falsificados, depois da Ásia.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Segurança
Sanitária) houve um aumento no número de casos de falsificação de medicamentos
no Brasil em 2020, por conta do aumento das compras online e do relaxamento da
fiscalização, consequência da pandemia de COVID-19. Apenas nos primeiros seis
meses de 2020, cinco casos foram registrados ante quatro em 2019 e três em
2018.
Há uma necessidade imediata de consolidar práticas
de rastreabilidade de medicamentos na região por meio da tecnologia e de
aumentar os esforços que atores da indústria e entidades reguladoras têm feito
até agora.
Em 2019, foi aprovada no país a Lei 13.410, que
estabelece que a indústria farmacêutica tem até abril de 2022 para implementar
a rastreabilidade em sua cadeia de medicamentos. Este sistema se conectará a
uma base de dados central chamada Sistema Nacional de Controle de Medicamentos
(SNCM), que foi criada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
O objetivo é conseguir traçar o histórico de localização de cada medicamento,
evitando fraudes e facilitando possíveis recalls. Para isso, os medicamentos
receberão, na embalagem, o “Identificador Único de Medicamentos” (IUM), que
traz um código QR, além de outras informações relevantes como lote e data de
fabricação.
“Com menos de um ano para o fim do prazo
determinado, o setor farmacêutico precisa redobrar esforços para preparar suas
cadeias de suprimentos com soluções de rastreabilidade que os preparem para
atuar em conformidade com a legislação, garantindo visibilidade real dos
medicamentos e a segurança dos consumidores”, reflete o Vice-Presidente da
Zebra Technologies no Brasil, Vanderlei Ferreira.
Tecnologia é vital para combater falsificação e
contrabando
Além dos rótulos de identificação, o controle de
temperatura por meio de etiquetas inteligentes é outra solução que está
definindo a tendência de controle das cadeias de fornecimento de medicamentos e
vacinas globalmente. Vários fornecedores e distribuidores do setor,
comprometidos com a segurança do paciente, já iniciaram uma corrida
contra o tempo para integrar essas soluções que ajudam a garantir o
monitoramento detalhado de todos os medicamentos, desde a fabricação até a venda
em farmácias.
Eles também incorporaram em suas operações outros
dispositivos, como computadores móveis modernos e scanners de captura que
digitalizam processos e aumentam a visibilidade da cadeia de suprimentos,
consolidando informações em uma única plataforma.
“O investimento em soluções tecnológicas é um apoio
fundamental no combate ao contrabando e falsificação de medicamentos e vacinas.
Quando é possível identificar de onde vem uma caixa de medicamentos ou vacinas,
conhecer toda a sua jornada e saber se foram violadas ou cumpridas todas as
condições adequadas de manuseio e transporte, o risco de vender, comprar ou
consumir um medicamento falsificado é significativamente reduzido”, afirma
Ferreira. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o aumento da rastreabilidade
no setor pode reduzir a falsificação de instrumentos globalmente em mais de
200.000 milhões de dólares por ano.
Identificação, captura e análise de informações:
injeção de segurança para todos os níveis da cadeia de suprimentos
A digitalização da cadeia de fornecimento de
medicamentos significa segurança para todas as etapas, desde a produção até o
consumo. Com códigos de identificação e captura de dados, é possível
rastrear todo o ciclo do produto. Além disso, é possível evitar erros humanos que
podem ser gerados em um processo manual. Inserir informações de marcadores como
número de lote, data de validade ou temperatura é suscetível a falhas. A
tinta pode ficar embaçada ou a letra ilegível. Mesmo que o regulamento seja
cumprido com a inclusão das informações necessárias, não é possível ter uma
verdadeira rastreabilidade do processo sem a digitalização do processo e o uso
de etiquetas resistentes.
A rastreabilidade da produção, manuseio e
transporte adequados de medicamentos e vacinas tem um impacto que não pode ser
valorizado com qualquer moeda: salva vidas.
Zebra
Technologies
blog Your Edge da Zebra
LinkedIn, Twitter e Facebook.
Nenhum comentário:
Postar um comentário