Descoberta recente vem de encontro com a teoria do cientista luso-brasileiro, Fabiano de Abreu, sobre terapia usando a realidade virtual
Uma nova descoberta publicada na revista científica Nature
Neuroscience mostra que o cérebro dos ratos respondem de forma diferente em
ambientes imersíveis numa realidade virtual comparando ao mundo real. Esta
informação pode ajudar cientistas a compreenderem como o cérebro reúne a
informação sensorial de diferentes fontes para criar uma imagem coesiva do
mundo em torno de nós.
A descoberta entra de encontro com o estudo e teoria elaborados pelo
PhD, neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu, que teve o seu estudo utilizado por uma
produtora de filmes na Suíça, onde a realidade virtual condiciona uma melhor
saúde mental para as pessoas.
Em entrevista, Abreu chegou a dizer que o projeto do filme não é ainda o
que ele busca e que precisa de uma produtora que possa projetar a realidade
virtual como processo terapêutico relacionado a personalidade da pessoa.
“Isso entra de encontro à neuroterapia que criei recentemente, onde trabalho
a terapia direcionada à personalidade primária e às subjacentes. Moldando assim
o cenário correto para a liberação de neurotransmissores relacionados ao bem
estar.” Disse o cientista membro da Federação Europeia de Neurociência.
No estudo 'Enhanced hippocampal theta rhythmicity and emergence of eta
oscillation in virtual reality’ os pesquisadores mediram a atividade do cérebro
de ratos que experimentaram a realidade virtual e encontraram um ritmo elétrico
diferente da experiência no mundo real e as conexões dendríticas. O estudo
mostrou que a frequência precisa do ritmo nas duas situações, real e virtual,
fazem uma enorme diferença na plasticidade neuronal.
Os estudos de laboratório tinham como foco principal a região do cérebro
chamada hipocampo, responsável pela transformação de memória de curto para
longo prazo. O estudo em ratos, tinham como objetivo compreender o processo de
aprendizagem e memória, enquanto submetidos à realidade virtual.
“No experimento, a realidade virtual permitiu que os ratos pudessem ir à
fonte virtual beber água, olhar ao redor, ver brincadeiras que gostam de fazer,
saltarem, entre outras coisas divertidas. Os neurônios no hipocampo, medidos
por eletrodos minúsculos, revelaram que há uma distinção na
realidade virtual da realmente vivida. Um mundo em uma realidade virtual
experiência um grupo diferente de estímulos, podendo assim, trazer maiores
possibilidades do uso da realidade virtual como processo terapêutico mediante a
uma amplitude maior de opções de forma gradativa. Amenizando possíveis erros de
imagens que não tragam à sensação desejada, entre outras vertentes.” Conclui o
neurocientista.
Este tipo de terapia poderia ajudar no processo de aprendizagem e as
desordens memória-relacionadas que variam incluindo ADHD, autismo, doença de
Alzheimer, epilepsia e depressão.
Créditos de: Divulgação
/ CPAH
Referências comprobativas
https://ineews.eu/priscila-guedes-and-fabiano-de-abreu-competes-in-cannes/
https://www.nature.com/articles/s41593-021-00871-z
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