Fruto de
cooperação internacional entre a ABSOLAR e o C40 Cities, gestores públicos
recebem propostas para elaboração e adoção de políticas públicas que acelerem o
uso da tecnologia fotovoltaica nas cidades brasileiras
Em um
trabalho de cooperação internacional entre a Associação Brasileira de Energia
Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e o C40 Cities Finance Facility (CFF), acaba de
ser lançado um guia de propostas para as cidades brasileiras avançarem no
desenvolvimento de políticas públicas para o uso da energia solar, no sentido
de ampliarem os modelos de desenvolvimento econômico, social e ambiental nos
mais de 5 mil munícios espalhados pelo País.
O CFF, uma parceria conjunta liderada pela C40 Cities e a Deutsche Gesellschaft
für Internationale Zusammenarbeit GmbH (GIZ), apoia cidades selecionadas no Sul
Global por meio de suporte técnico e financeiro para a entrega de ações
ambiciosas no combate às mudanças climáticas. Na fase atual, o CFF tem apoiado
o Rio de Janeiro e Curitiba em projetos inovadores de energia solar. A ABSOLAR,
que representa e promove o setor solar fotovoltaico no Brasil, tem sido, por
sua vez, um dos principais impulsionadores da implementação acelerada da
tecnologia fotovoltaica no Brasil, que em 2020 se tornou um dos dez maiores
países do mundo com maior potência adicionada anual da fonte solar fotovoltaica
no exercício.
Os relatórios apresentados no documento trazem uma visão geral da situação
atual da energia solar fotovoltaica no Brasil, cobrindo os benefícios
socioeconômicos, ambientais e estratégicos da tecnologia. Descrevem como os
municípios podem avaliar diferentes modelos de negócios para a implantação da
energia solar fotovoltaica e fornecem um guia passo-a-passo sobre como planejar
e desenvolver projetos fotovoltaicos, incluindo legislação, governança e
aspectos técnicos.
“Os municípios no Brasil estão começando a apreciar os muitos benefícios do
desenvolvimento de projetos solares fotovoltaicos. Além da economia nos custos
de eletricidade, de novos empregos gerados e de um potencial impulso à imagem
pública de qualquer administração, a energia solar fotovoltaica também pode
reduzir as emissões de poluentes e gases de efeito estufa, compensando o uso de
fontes não renováveis, tais como carvão, petróleo e gás”, acrescenta Ilan
Cuperstein, Diretor Regional Adjunto para a América Latina do C40 Cities
Climate Leadership Group. “Este guia é uma ferramenta fundamental para apoiar
municípios brasileiros a implementar projetos de energia solar, trazendo
economias significativas para os seus orçamentos, gerando empregos, tornando a
energia elétrica mais acessível e colocando as cidades no caminho do
cumprimento das metas climáticas do Acordo de Paris”.
“Nosso principal propósito com esta ação estratégica junto aos parceiros do C40
é apoiar os municípios brasileiros na elaboração, adoção e implementação de
políticas públicas, programas e incentivos que acelerem a participação da
energia solar fotovoltaica junto à sociedade brasileira, contribuindo para uma
recuperação econômica sustentável dos municípios do País”, esclarece Rodrigo
Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR.
“Estamos prontos para colaborar em diferentes iniciativas junto ao ecossistema
decisório brasileiro, incluindo mobilizar e engajar instituições nos governos
municipal, estadual e federal, setor privado, instituições acadêmicas e
organizações da sociedade civil”, complementa Sauaia.
“De fato, o Brasil tem o potencial de se tornar um líder global no uso da
energia solar fotovoltaica. As horas e a intensidade do sol são altas em todo o
País o ano todo, bem como os preços dos sistemas caíram nos últimos anos. Estes
fatores contribuíram para a adoção exponencial desta tecnologia no País”,
comenta João Fávaro de Oliveira, Assessor Sênior de Projetos da CFF no Brasil.
Segundo mapeamento da ABSOLAR, o mercado fotovoltaico no Brasil é responsável
pela criação de mais de 275 mil empregos e cerca de R$ 48,5 bilhões em
investimentos privados. O uso da tecnologia nos telhados, pequenos terrenos e
nas grandes usinas centralizadas já mitigou mais de 9,9 milhões de toneladas de
gases do efeito estufa na atmosfera.
A conclusão dos relatórios foi oficializada pelo CFF e a ABSOLAR em um evento
virtual, em 10 de junho, que apresentou o guia de propostas às cidades
brasileiras, com a presença de 27 municípios nacionais.
“A proposta do documento é, portanto, fornecer aos gestores municipais,
tomadores de decisão e funcionários públicos informações que serão úteis para
planejar, projetar, financiar e implementar sistemas fotovoltaicos solares. As
cidades têm um potencial enorme para liderar a transição energética, aumentando
a eficiência energética e a geração distribuída por fontes renováveis primeiro
nos prédios públicos, dando o exemplo, e em seguida no setor privado, por meio
de campanhas de conscientização, capacitação, legislação e incentivos”, conclui
Alexandre Schinazi, Diretor Técnico da Mitsidi Projetos, líder do projeto da
equipe de consultoria que desenvolveu o relatório.
Principais pontos da cartilha
Situação atual da energia solar fotovoltaica no Brasil
Benefícios da energia FV para os municípios
Leis e regulamentos do setor no Brasil
Modelos de negócios que podem ser adotados pelos municípios brasileiros
Governança e planejamento inicial de projetos solares municipais
Avaliações de viabilidade técnica e econômica
Compras
Financiamento de anúncios
Guia para projetar e desenvolver sistemas solares
Casos de sucesso do Brasil
Para acessar a cartilha na
íntegra: https://www.c40cff.org/knowledge-library/a-revoluco-da-energia-solar-fotovoltaica-no-brasil-como-as-cidades-podem-se-beneficiar
Nenhum comentário:
Postar um comentário