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Mais
de 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos sofrem com a asma, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do
Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora não tenha sido classificada como comorbidade na pandemia de Covid-19,
a asma é uma preocupação entre os que sofrem
com a doença crônica, especialmente quem enfrenta crises graves ou não
controladas.
O Dia Nacional de Controle da Asma, que acontece em 21 de junho, alerta para os cuidados com a doença, em especial na infância. Uma publicação científica do Journal of American Medical Association (JAMA) analisou o histórico médico de 43.465 pacientes com Covid-19, com idades até os 18 anos, atendidos em hospitais dos Estados Unidos entre março de 2020 e janeiro de 2021. Os resultados mostraram que 28,7% das crianças e adolescentes infectados pelo novo coronavírus tinham pelo menos uma condição crônica e a principal era a asma não controlada e grave, presente em 10,2% dos pacientes.
De acordo com os pesquisadores que assinaram o artigo, crianças com doenças
crônicas - entre elas a asma - apresentaram um risco aumentado de
hospitalização ou Covid-19 severa. Ainda não se sabe quais fatores associados a
asma podem levar a desfechos desfavoráveis. O que se sabe é que pacientes com
asma alérgica controlada não têm maiores chances de serem contaminados com a
Covid-19. No Brasil, pacientes com asma grave entraram na lista de prioridades
de vacinação devido ao maior risco de piores desfechos diante do contágio pelo
novo coronavírus. Porém, a vacina contra a Covid-19 para crianças ainda está em
discussão no país, enquanto a asma acomete pessoas de todas as idades.
“Ao
contrário do que muitos acreditam, a asma pode
ocorrer em qualquer idade. Por isso, qualquer pessoa que apresenta crises de
tosse, falta de ar, chiado no peito ou aperto no peito deve procurar
acompanhamento médico”, conta a pediatra especializada em alergias Camilla
Pereira, do Plunes Centro Médico, de Curitiba (PR).
A
crise de asma pode ter diversos gatilhos, como
poeira, pelo de animais, mudança brusca de temperatura, infecções, poluição,
fumaça, entre outros fatores. A especialista alerta que os tratamentos
para asma estão cada vez mais individualizados,
de acordo com cada caso, mas de forma geral seguem as diretrizes da Global
Initiative For Asthma.
Essa
organização médica traz linhas orientadoras para a saúde pública e
profissionais de saúde, a nível global, a fim de diminuir a mortalidade
provocada por asma, independentemente da pandemia.
“O tratamento da asma não é somente baseado em
medicamentos. A mudança no estilo de vida, perda de peso e afastamento dos
gatilhos são essenciais para o controle da
doença”, pontua a médica.
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