Com inflação
elevada, é preciso resguardar o patrimônio alocando parte dos recursos em
aplicações indexadas a índices de inflação
Não bastassem a pandemia, a elevação das taxas de
desemprego e a alta dos juros, as famílias brasileiras têm se deparado ainda
com a elevação dos índices de inflação. Nos primeiros quatro meses de 2021
(janeiro a abril), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) já acumula
alta de 2,37%, frente a uma meta central de 3,75% para o ano inteiro. Em 12
meses (maio de 2020 a abril de 2021) a inflação acumulada já chega a 6,76%, a
maior taxa desde 2016. Além de olhar com muita atenção para os gastos dentro e
fora de casa, é necessário criar estratégias de investimentos que possam
proteger o patrimônio.
Uma das formas mais eficientes de proteção de
carteira em um período como este é direcionar parte dos investimentos para
aplicações indexadas a índices de inflação, explica Evaldo Perussolo,
co-fundador e CFO do Banco Bari. “O objetivo principal desse tipo de estratégia
é preservar o poder de compra do dinheiro que está aplicado”, conta.
Entre as aplicações de renda fixa consideradas
seguras e que têm entre os indexadores tanto taxas de juros quanto índices de
inflação estão os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Entre os CDBs pós
fixados, é possível optar por aqueles com rendimento atrelado ao IPCA, mais uma
taxa de juros determinada no dia da aplicação. “A taxa de juros tende a
aumentar conforme aumenta o prazo da aplicação”, explica Perussolo.
Além de oferecer rendimento muito superior ao da
caderneta de poupança, há CDBs disponíveis no mercado, como os do Banco Bari,
com aplicações mínimas iniciais de apenas R$ 50. Assim como a poupança, os CDBs
contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Há outras opções que também costumam oferecer rentabilidade
indexada ao IPCA ou IGP-M mais uma taxa de juros fixada, tais como as Letras de
Crédito Imobiliário (LCIs) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
As duas aplicações são isentas de Imposto de Renda. Vale ficar de olho na
seguinte regra: quanto maior o prazo de aplicação, maior a rentabilidade que
costuma ser oferecida.
Veja outras dicas do Banco Bari para proteger seu
bolso:
- Grande parte dos contratos de aluguel é indexada
ao Índice Geral de Preços de Mercado, calculado pela Fundação Getúlio Vargas.
Como este índice não mede apenas os preços finais ao consumidor, mas também os
de atacado e construção civil, em momentos de repique inflacionário é o que
mais sensíveis a variações bruscas. Somente entre janeiro e março de 2021, o IGP-M
acumula alta de 8,26%. Se o aluguel ou qualquer outro contrato for indexado ao
IGP-M, tente renegociar, substituindo pelo IPCA, que é o indicador utilizado
pelo Governo para a meta de inflação;
- Alguns gastos importantes de uma residência são
as tarifas públicas, como água, luz e gás. Estas não podem ser renegociadas e
aumentaram muito nos últimos meses. Mas é possível conscientizar a família
sobre a necessidade de uso racional de recursos. Não deixar as luzes acesas,
juntar roupa suja para lavar na máquina de uma única vez e não deixar o
chuveiro ligado desnecessariamente, são medidas simples que farão diferença.
- Os alimentos estão entre os produtos que mais
subiram nos últimos meses. Nos itens de mercearia, como arroz, massas e
biscoitos, é hora de pesquisar preços. O consumo também caiu e há muita
concorrência entre as marcas. Já entre os hortifrutis, aproveite sempre os da
safra, que são mais em conta e têm mais frescor e qualidade.
- Preste atenção em sua carteira de investimentos.
Embora os juros tenham sofrido elevação, ainda estão em patamares reduzidos
para o histórico do país. Para a sua carteira de renda fixa, o ideal é mesclar
investimentos atrelados à taxa Selic e, também, a índices de inflação, como os
CDBs, LCIs e CRIs atrelados a IPCA ou IGP-M. Essa é uma estratégia de proteção
de patrimônio para quem quer preservar o que tem sem correr riscos elevados.
Banco
Bari
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