Freepik |
Psiquiatra alerta
para medo excessivo relacionado à Covid-19
O coronavírus continua trazendo muitos problemas
nesses 17 meses de pandemia - o número de mortes por conta do vírus, juntamente
com o medo da população mundial, continua crescendo. Essa aflição, quando
excessiva, ganha um novo nome: coronofobia.
Sintomas de ansiedade e medo de contrair o vírus da
Covid-19 têm feito com que pessoas se sintam inseguras em todo e qualquer
lugar. Um estudo feito pela National Library of Medicine analisou 500 casos de
ansiedade e depressão e certificou que todos estavam ligados à crise da
Covid-19. O termo “coronofobia” foi criado no final de 2020 e traduz uma
ansiedade grave diante do vírus e da pandemia, tanto em contraí-lo, quanto em
disseminá-lo.
Segundo a psiquiatra e professora de Saúde Mental
no curso de Medicina da Universidade Positivo, Raquel Heep, quem tem essa fobia
não percebe e acredita que o seu comportamento está correto e os outros é que
estão errados, causando um sofrimento muito grande para a pessoa. "É
importante ressaltar que esse tipo de ansiedade não é saudável, fugindo dos
padrões de incertezas que todos nós temos. É normal ter um certo grau de
ansiedade, mas essa preocupação excessiva traz prejuízos físicos e funcionais.
É claro que lavar as mãos, usar álcool em gel, máscara e manter o
distanciamento social são atitudes necessárias, mas quem sofre com a
coronofobia possui comportamentos como lavar as mãos a ponto de machucá-las e
usar máscara dentro de casa, ou até mesmo para dormir. São pessoas que não saem
de casa mesmo quando necessário", aponta.
Pessoas com coronofobia também dão muita
importância a sintomas que não são preocupantes e acabam até mesmo se automedicando,
podendo gerar crises de pânico e problemas físicos. A professora recomenda que,
quem identificar sinais de medo excessivo deve agendar uma avaliação com um
profissional especializado em saúde mental, principalmente psicólogo ou
psiquiatra, que vai avaliar a necessidade, ou não, de medicação para o controle
da ansiedade. "Esse segundo ciclo da pandemia trouxe mais inseguranças a
todos nós, mas temos que nos manter esperançosos e não deixar que toda essa
situação nos traga ainda mais prejuízos", salienta.
Universidade Positivo
Nenhum comentário:
Postar um comentário