Neuropsicóloga
fornece algumas ferramentas para superar e responder apropriadamente ao
sentimento de frustração
No último ano, a pandemia do novo coronavírus
afetou seriamente boa parte dos indivíduos, não só no Brasil como no mundo
inteiro. Desde 2020 as pessoas têm vivido uma verdadeira montanha-russa de
emoções agravada pela pandemia de Covid-19. Elas estão mais ansiosas, nervosas,
deprimidas, solitárias, com raiva, com medo, sem esperança, desamparadas e
frustradas mais do que nunca.
A neuropsicóloga Dra. Suzana Lyra, autora do livro
“Refém
do Medo”, diz que saber tolerar frustrações é muito importante
nessas situações, pois nos torna mais seguros e confiantes. “A frustração é
desconfortável, forte, paralisa e nos impele de seguir. Nos tornamos refém de
nós mesmos”.
As pessoas reagem à frustração de várias maneiras.
Elas podem:
- Ficar
com raiva;
- Desistir
ou desistir;
- Perder
autoestima;
- Sentir
perda de autoconfiança;
- Experimente
o estresse;
- Sentem-se
tristes, inseguras, deprimidas ou ansiosas;
- Abusar
de álcool ou substâncias psicoativas;
- Envolver-se
em outros comportamentos negativos, autodestrutivos ou viciantes.
De acordo com a neuropsicóloga, que possui um
capítulo em sua obra que trata do tema, questionar-se em como lidar com as
frustrações não deve começar com “por que” e sim com “o que”
ou “como”. Esse é o primeiro passo: saber reconhecer e
compreender o que pode ter acontecido em sua vida. “Não há regras, modelos,
receita de bolo ou fórmulas mágicas para superar e sair do elo apertado que a
frustração lhe colocou”, afirma a Suzana Lyra, que complementa: “saber
compreender o que causou a não realização do objetivo e sua expectativa não
tenha sido alcançada é crucial para sair do sofrimento psíquico. Saber
reorganizar-se faz com que o enfrentamento da nova fase seja mais leve e menos
dolorida”.
Embora possamos não reconhecer quando o fazemos ou
mesmo admitir quando sabemos que o fazemos, todos nós às vezes temos a
tendência de sabotar nossos esforços, levando a uma frustração desnecessária e,
às vezes, perturbadora. A chave para superar isso, segundo Suzana Lyra, é
aprender como identificá-la e, em seguida, implementar estratégias para
combatê-la.
A neuropsicóloga ainda destaca que o nosso passado
revela muita coisa do que somos hoje. “O passado não constrói o presente e
muito menos o futuro. O passado serve de referência, é balizado para que
possamos refletir e analisar o que é bom, é uma peneira para que possamos nos
erguer a cada dia. Olhar para o passado com frequência nos traz sofrimento nos
dois sentidos, se ele foi bom ou ruim”.
Se foi bom a pessoa pode tirar o proveito e
intensificar o seu presente com as experiências positivas. Se foi ruim, porém,
é ser resiliente e fazer com que suas frustrações trabalhem ao seu favor.
“Fazer com que elas deixem você mais forte para superar os desafios de forma
positiva, vencendo as barreiras possíveis, compreendendo os erros do caminho e
aceitando os que não dependem de você”.
Além disso, vários métodos de enfrentamento à
frustração são recomendados por neuropsicólogos e outros profissionais de saúde
mental. Alguns são gratuitos ou de baixo custo, assim como outros podem
envolver uma consulta com um profissional:
- Exercícios
de respiração;
- Prática
de meditação;
- Ioga;
- Habilidades
de comunicação;
- Técnicas
emocionais e/ ou físicas para liberar a frustração;
- Exercício
físico;
- Atividades
de relaxamento;
- Viajar;
- Começar
um hobby ou passatempo;
- Reestruturação
cognitiva;
- Aprendendo
como liberar emoção;
- Aconselhamento
psicológico ou terapia.
Usando algumas das estratégias acima, você pode
tomar medidas seguras e saudáveis para gerenciar sua frustração em longo prazo,
de forma que o impacto dela em seu humor ou até mesmo em seu dia seja mínimo.
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