Colabore Com o Futuro, ONGs e parlamentares engajados na causa lançam manifesto para divulgar a importância de inserir todas as terapias disponíveis e eficazes para os pacientes
O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), neste ano, 8,5 mil brasileiros devem receber o diagnóstico da doença. Existem dois tipos de tratamento inovadores e muito eficazes já aprovados no Brasil – imunoterapia e terapia-alvo. No Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, apenas tratamentos quimioterápicos estão disponíveis para os pacientes.
Recentemente, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) avaliou as terapias atualmente disponíveis no país para o tratamento do melanoma metastático e recomendou a incorporação das imunoterapias. Nenhuma recomendação oficial foi feita para as terapias-alvo, apesar de terem reconhecido a importância da disponibilização para tratamento dos pacientes no SUS.
“Diferentes
perfis de pacientes necessitam de diferentes tipos de tratamento. Nossa luta é
por todos”, ressalta a advogada e cofundadora da Colabore com o Futuro, Andrea
Bento. Por isso, foi criado um manifesto para divulgar a importância de inserir
todas as terapias disponíveis e eficazes no tratamento do melanoma metastático.
O câncer de pele é um dos mais comuns no Brasil, representando 30% dos tumores malignos diagnosticados. O melanoma é o tipo menos frequente, mas é o mais grave, correspondendo a 4% do total de casos e 90% do total de mortes relacionadas à doença.
“ O objetivo de nossa campanha é informar a sociedade sobre a doença e seus tratamentos. Queremos que as imunoterapias e terapias-alvo sejam inseridas nas diretrizes diagnósticas e terapêuticas como opções para primeira linha de tratamento do melanoma metastático”, destaca Andrea.
A escolha dos
medicamentos ficaria sob responsabilidade dos hospitais oncológicos espalhados
pelo Brasil, norteada pelas Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT). O
próprio INCA explica em seu portal que “quando há metástase (o câncer já se
espalhou para outros órgãos), o melanoma, hoje, é tratado com novos
medicamentos, que apresentam altas taxas de sucesso terapêutico”.
A iniciativa
da Colabore Com o Futuro conta com o apoio do Instituto Vencer o Câncer,
Melanoma Brasil, Projeto Camaleão, Frente Parlamenta de Apoio de Combate ao
Câncer da Assembleia Legislativa de São Paulo, Frente Parlamenta em Prol da
Luta contra o Câncer da Câmara dos Deputados e a Frente Parlamentar Mista da
Saúde do Congresso Nacional.
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