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No Dia da Gratidão (6), psicóloga explica que sentimento produz ocitocina, hormônio do bem-estar
Um bilhete para a equipe, um sorriso e a gratidão
estampada no rosto dos pacientes que, após um longo período de internação
devido aos problemas decorrentes da COVID-19, recebem a alta hospitalar. A
gratidão e um novo olhar para a vida são características comuns a todos que
passaram por dias difíceis internados em unidades de terapia intensiva (UTI).
Milene Andreoli, 59 anos, ficou 51 dias internada
no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, para se recuperar da COVID-19.
Foram 42 dias na UTI e agora, em casa, ainda trabalha para recuperar a força
física e emocional. “Eu sou só agradecimento por todo cuidado que os
profissionais tiveram comigo. Foram dias de medo, incertezas e solidão, mas o
cuidado de cada um que me atendeu fez muita diferença para que hoje eu pudesse
estar em casa, com a minha família”, conta.
“Pode me pedir qualquer coisa, que eu faço. Tenho
uma dívida de gratidão com vocês!”. Essa foi a fala do gerente de operações
portuárias Leonardo da Rós, no momento da alta hospitalar, após 42 dias
internado devido à complicações causadas pelo novo coronavírus. “Eu não
acreditava nos riscos e perigos da COVID-19 até precisar ser entubado. Eu
renasci no Hospital e devo isso ao apoio e cuidados de todos os profissionais”,
reflete.
Para os profissionais da saúde, que cuidam
diariamente desses pacientes por longos períodos, é como se já fizessem parte
da família. “O Leonardo é como se fosse um filho. Tive que ser duro com ele no
início, quando não aceitava a gravidade dessa doença, mas não tem como não se
apegar aos pacientes, ainda mais os que ficam internados por mais tempo”,
afirma o médico intensivista do Hospital Marcelino Champagnat, Dr. Jarbas da
Motta Junior.
A coordenadora do núcleo de psicologia e psicóloga
do Hospital Marcelino Champagnat, Dra. Raquel Pusch, explica que a gratidão é
um sentimento de reconhecimento que funciona como uma autocura para os
pacientes. “A gratidão é um indicador interno do ser humano, é quando o
paciente reconhece o benefício que recebeu de pessoas que não conhecia. A
autocura funciona com o hormônio da ocitocina que é produzido com esse
sentimento e que provoca profundo bem estar”, ressalta.
Hospital Marcelino Champagnat
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