Mais
comum em mulheres que já estão na menopausa, o câncer de endométrio pode estar
associado à obesidade. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a
estimativa de novos casos em 2020 era de mais de 6.500.
Entre
os sintomas, estão o sangramento vaginal mais intenso que o habitual (para
mulheres que ainda menstruam) e o sangramento em mulheres que já estão na
menopausa.
Segundo
a endocrinologista Lorena Lima Amato, o câncer de endométrio está associado à
obesidade e esta contribui para uma pior evolução da doença. “Isso porque o
endométrio, que é a camada que fica dentro do útero, é um tecido estrogênio
dependente, ou seja, ele precisa de estrogênio para as células se proliferarem.
Quanto mais estrogênio a mulher produz mais esse endométrio se prolifera. Em
geral, a pessoa com obesidade
tem muito estrogênio porque a gordura contribui para essa produção e este
excesso estimula o endométrio, aumentado a proliferação e a chance de
desenvolver um câncer uterino”, detalha a especialista.
Além
da obesidade, diabetes mellitus, uso de estrogênio (usado na reposição hormonal
no início da menopausa), menarca precoce e síndrome do ovário policístico
também podem contribuir para o aparecimento desse tipo de câncer.
Há
outros tipos de câncer relacionados à obesidade, entre eles o de intestino e o
câncer de mama.
“Um
estilo de vida mais saudável, com a prática de atividade física diária e a
manutenção do peso corporal são fundamentais para prevenir não só o câncer do endométrio,
mas muitas outras doenças”, sinaliza Dra. Lorena.
Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é
endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra
pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e
professora na Universidade Nove de Julho.
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/
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