Período de descanso aumenta movimentação nas áreas comuns como playgrounds, piscinas e salões de festas
As férias
de verão estimulam o lazer e o descanso, mas nos condomínios representam um dos
períodos de maiores cuidados para que a diversão e o relaxamento
continuem, sem ocorrências desagradáveis.
A segurança e o acompanhamento das crianças, que
possuem mais tempo livre para brincar, são dois dos principais fatores de
atenção. Assim, o trabalho de quem administra o local é redobrado para que
moradores e inquilinos tenham tranquilidade nos momentos de folga.
O alerta vale para os condomínios
da cidade ou da praia. E para completar a lista de cuidados,
não é possível esquecer os reflexos da pandemia da Covid-19 em relação às
regras de distanciamento social.
“As recomendações de segurança que vieram ao longo
do ano devem permanecer e ser levadas a sério. As pessoas tendem a relaxar nas
férias. Esse ponto deve servir de alerta até que a vacina esteja disponível”,
esclarece Luiz Fernando Martins Alves, presidente da Associação das
Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná (AACEP) – entidade que
representa mais de mil condomínios em todas as regiões do Estado.
Férias em condomínios exigem atenção e cumprimento de regras para manter a boa convivência
Acompanhamento de adultos
Os adultos devem acompanhar as
crianças em determinadas atividades. “Parece que não há perigo, pois se está no
condomínio tem aquela sensação de segurança, mas é necessário alertar para os
cuidados em relação às crianças em piscinas e playgrounds. É necessário que
elas estejam acompanhadas de um responsável para evitar acidentes”, diz Martins
Alves.
Vale ressaltar que os empregados do condomínio não
podem ser acionados para ‘cuidar’ dos filhos dos moradores. "O funcionário
não tem responsabilidade para cuidar dos filhos de ninguém. Ele não tem
técnica para isso”, explica o dirigente da AACEP. Martins Alves
dá como exemplo uma ocorrência na piscina. Caso o empregado não saiba nadar,
ele não poderá intervir em nenhuma situação crítica envolvendo crianças naquele
local.
Até dez anos, as crianças devem ter a companhia dos
pais nas áreas comuns como playgrounds, quadras e piscinas. Se for percebido
algum conflito ou excesso por parte dos menores, o responsável pode ser
imediatamente acionado pelos funcionários ou síndico.
Áreas com grandes espaços nos condomínios, onde
crianças e adolescentes podem correr algum risco, devem ter sistemas de
monitoramento. “Principalmente à noite. Observar é fundamental para manter um
ambiente seguro e confiável”, argumenta o presidente da AACEP.
Piscina em condomínios do litoral também possuem regras de uso |
Condutas
Devido à pandemia e às consequentes regras de
distanciamento, as atividades nos condomínios provocam mudanças de
comportamento. A tensão nos relacionamentos é uma
delas, principalmente em eventos organizados nas áreas sociais e salões de
festas.
“Temos percebido a ocorrência de pequenas
confusões em virtude das restrições. Numa confraternização,
piscina ou quadra, sempre surge alguém querendo extravasar, mas há regras que
devem ser seguidas e a segurança coletiva é prioridade”, observa Martins Alves.
O respeito às normas do condomínio é
fundamental, especialmente a Lei do Silêncio a partir das 22h, que também impõe
boa conduta. “São leis que não devem ser chatas nem desmotivadoras. O que muda
é justamente a atenção que se deve dar a elas”, lembra o presidente da AACEP.
Litoral
No litoral, as regras dos condomínios também devem
ser observadas e seguidas por todos os moradores e visitantes. Dessa forma, o
descanso e a boa convivência de quem está no local será preservada.
Outro desafio é o consumo de álcool,
que pode causar acidentes como casos de afogamento nas praias e áreas comuns
dos edifícios. Se a pessoa ingerir bebida alcoólica, pode perder a consciência
daquilo que é norma e oportuno fazer dentro do condomínio ou mesmo os cuidados
antes de entrar no mar ou na piscina.
Checar
regras antes de alugar
Para os locatários de imóveis na praia, a melhor
orientação é sempre checar com o dono ou a imobiliária o que pode
ou é proibido no condomínio em que o imóvel foi alugado. “Quem
vai alugar deve se inteirar das regras, que podem ser diferentes para os donos
dos imóveis e os locatários. O melhor é ter acesso às normas antes de fechar a
locação para evitar restrições e surpresas”, alerta Martins Alves.
Situações como limitação do número de pessoas
que vão ocupar o imóvel ou vão visitar o locatário no seu
período de aluguel são comuns em condomínios do litoral. “Se não limitar no
próprio contrato de locação, corre-se o risco de perder o controle de quem está
no condomínio”, observa o dirigente da AACEP.
Há condomínios, por exemplo, que adotam a pulseira de
identificação para saber quem é quem, já que o fluxo de
visitantes aumenta nos imóveis do litoral, no período de férias.
Animais de
estimação
A companhia do animal de estimação durante o
período de férias também precisa ser observada.
As regras envolvem desde a proibição de circulação
em áreas comuns - dependendo do tamanho do animal - até andar com ele no colo
ou restringir a movimentação com os pets em áreas específicas, projetadas
dentro do condomínio para esse fim.
Mais uma vez, a observação às regras
antes de assinar o contrato é o melhor caminho.
Uso de
áreas comuns
Martins Alves orienta que em relação ao uso de
áreas comuns, pode haver critérios. Um deles, mais comum, é o pagamento
de taxa extra, por exemplo, para uso do salão de festas ou
churrasqueiras.
Com o uso da piscina, o locatário também deve ficar
atento. Embora seja uma área aberta dentro do condomínio, que aparenta uma
confraternização geral, a estrutura pode ser de utilização restrita.
Nas regras de uso, é preciso que quem aluga o imóvel preste atenção se existe
alguma determinação para apresentação de exame médico e haja autorização
para se convidar terceiros.
Outro ponto importante é o respeito à
higiene e uso de objetos na piscina. Se o usuário vier da
praia, a boa etiqueta determina que ele se lave antes para remover excesso de areia e
água do mar. Com relação ao uso de objetos, a orientação é evitar
copos e garrafas de vidro na área para que não haja quedas,
acidentes e ferimentos.
Salões de festas em condomínios do litoral também possuem regras de uso
Racionamento
Com a volta do rodízio de água em Curitiba e Região
Metropolitana feito pela Sanepar, quem curte o período de folga deve continuar
atento ao uso racional. “Temos que adotar a linha de evitar exageros, sem desperdícios”,
destaca Martins Alves.
Profissionalização
A Associação das Administradoras de Condomínios do
Estado do Paraná (AACEP) iniciou os trabalhos em Curitiba, em maio de 2016.
A entidade representa mais de mil condomínios em
todas as regiões do Estado, surgiu para aprimorar as atividades de
administração e gestão condominial, prestar serviços que desenvolvem e
profissionalizam o segmento, traz mais segurança e tranquilidade a quem
administra ou reside em condomínios.
Entre os assuntos que mais geram debates na AACEP,
destaque para os direitos e deveres de moradores e síndicos, obrigações legais,
regras de boa convivência, assuntos trabalhistas e tributários, mudanças nas
leis, economia de água, uso de energias renováveis, coleta e separação do lixo,
contratação de prestadores de serviços, transparência na gestão,
regulamentação, tendências e profissionalização do mercado.
Fotos - Divulgação
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