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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Aplicativos para acesso a serviços públicos e redes de wi-fi gratuitas facilitam inclusão digital nas cidades

Em Curitiba, número de cadastros para acesso à internet pública em pontos da cidade mais que dobrou em 2020


Mais da metade dos brasileiros têm no celular a única forma de acesso à internet. Ou seja, 58% da população. É o que mostra a pesquisa TIC Domicílios de 2019. O estudo é feito pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) e é um dos principais do país com dados sobre conexão à internet. Uma outra pesquisa, de 2020, feita pelo Google em parceria com a Bain & Company, traz números semelhantes e mostra que, nas classes D/E, o smartphone tem papel ainda mais significativo, com 83% dos usuários se conectando à internet unicamente pelo celular. O estudo indicou também que 93% das pessoas acreditam que o acesso à internet teve um impacto positivo em suas vidas.

Esses dados reforçam a importância da democratização do acesso à rede mundial de computadores via redes de wi-fi gratuitas disponibilizadas nas cidades. Em Curitiba, ao longo de 2020, o número de cadastros para acesso à internet pública no Mercado Municipal da cidade e na Rua da Cidadania Matriz cresceu 107%, em comparação com 2019. Para se conectar, a pessoa só precisa fazer um cadastro no Passaporte Curitiba, serviço desenvolvido pelo Instituto das Cidades Inteligentes para "autenticar o cidadão".

E a expectativa agora é que, até julho, moradores e turistas passem a contar com wi-fi gratuito em outros 254 locais da capital. São pontos de grande fluxo de pessoas, como terminais de ônibus, Ruas da Cidadania, Faróis do Saber e da Inovação, Liceus do Ofício, Centro Histórico, estabelecimentos de saúde e a área de atendimento do Palácio Solar 29 de Março, sede da Prefeitura.

O objetivo é, principalmente, facilitar o acesso a aplicativos que levam serviços públicos até a palma das mãos, como o Saúde Já, Curitiba App e Curitiba 156. A implantação de toda a estrutura será feita pelo ICI, sem custos para a Prefeitura, como projeto de contrapartida social ao contrato de gestão existente. “Essa iniciativa está diretamente relacionada ao propósito do Instituto, que é melhorar a vida das pessoas e continuar colocando Curitiba no topo do ranking das cidades inteligentes”, reforça o diretor-presidente do ICI, Fabrício Zanini.


Responsabilidade social

Ao longo de 2020, quando a pandemia colocou a tecnologia como forma principal de contato com familiares, escola e trabalho, ações que promoveram a inclusão digital tiveram uma importância ainda maior. O Trilha Digital, projeto de capacitação profissional do ICI, precisou se adaptar para oferecer seus conteúdos de maneira online. Em parceria com a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, foram promovidas palestras via Facebook, com conteúdos relacionados à tecnologia, mercado de trabalho, saúde e finanças domésticas. Mais de 10,5 mil pessoas foram alcançadas em 14 atividades.

E em conjunto com a Fundação de Ação Social (FAS), outro público atendido foi o da terceira idade. Cerca de 100 idosos participaram de um curso gratuito oferecido pelo programa Liceu de Ofícios, da Prefeitura de Curitiba, para ajudar no uso de smartphones. As videoaulas, produzidas pelo Instituto das Cidades Inteligentes, ensinavam desde configurações básicas até como filmar, fotografar, enviar vídeos e fotos, localizar os arquivos gerados e excluir itens do celular. “A inclusão digital é parte fundamental para a transformação das cidades. Só assim elas serão mais inteligentes e, principalmente, mais humanas”, defende o gestor de Ação e Responsabilidade Social do ICI, Ozires de Oliveira.

 

ICI – Instituto das Cidades Inteligentes

www.ici.curitiba.org.br


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