A
indústria automotiva é um dos setores que passa por uma grande transformação. A
busca por novas fontes de energia e paralelamente, os esforços que observamos
de montadoras se posicionando cada vez mais como provedoras de soluções de
mobilidade, e não puramente uma fabricante de veículos, norteiam o nosso futuro
não muito distante. E parte desta mudança se dá em razão de dois fatores: a
mudança comportamental da nova geração e a sustentabilidade como única
alternativa para a sociedade do futuro, considerando energias mais limpas e
menos impactos negativos ao Meio Ambiente.
Diante
desse contexto, podemos considerar a tecnologia como uma grande aliada na busca
por novas fontes de energia. Graças a ela, hoje temos veículos elétricos,
híbridos, híbridos flex, híbridos plug-in, movidos a gás natural e até mesmo a
células de hidrogênio. No caso do utilizado pela Toyota no Corolla, que foi o
primeiro veículo híbrido no mundo com motor, temos a combinação de tecnologias
inovadoras tanto nacionais como estrangeiras.
Mas
como funciona o sistema híbrido flex que equipa o modelo? A combinação de três
motores, sendo um a combustão (gasolina/etanol) de 1.8L e dois elétricos (MG1 e
MG2), garantem economia, aceleração suave, conforto ao rodar em qualquer tipo
de condução e principalmente, uma solução totalmente sustentável e tecnológica,
e que não precisa ser carregada na tomada, como os modelos plug-in e elétricos.
E
como as baterias são carregadas para alimentar os motores elétricos? Muito do
que é desenvolvido nas competições automobilísticas de ponta, como a F1, é
utilizado futuramente nos veículos de passeio. Prova disso são os freios
regenerativos que acumulam energia cinética gerada pelas
frenagens/desacelerações e a transformam em energia elétrica, alimentando assim
a bateria híbrida. Essa combinação permite maior autonomia ao modelo no modo
elétrico e auxilia na economia de combustível.
Além
disso, a bateria híbrida de níquel-hidreto metálico, localizada embaixo do
banco traseiro, permite reduzir o centro de gravidade do veículo, aprimorando a
estabilidade na condução e não comprometendo o espaço interno do automóvel. Já
a transmissão Hybrid Transaxle, que funciona por meio de um conjunto de
engrenagens planetárias, elimina perdas e atritos, entrega uma aceleração mais
linear, sem desperdiçar energia e contribui ainda mais para a eficiência
energética.
Toda
essa tecnologia por trás dos híbridos começou com um modelo pioneiro no Brasil.
O Prius, lançado em 2013 no País, apresentou para o consumidor brasileiro que
era possível unir sustentabilidade às inovações tecnológicas para proteção do
Meio Ambiente. E futuramente, até 2025, a previsão é de que exista pelo menos
uma versão híbrida de cada veículo do portfólio da Toyota, rumo à emissão zero
de gases que provocam o efeito estufa.
Alex
Simões - instrutor técnico na Toyota do Brasil.
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