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Volume foi 32,2% maior do que o embarcado em novembro de
2019
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Receita cambial também apresentou ótimo desempenho com
alta de 32,3% em dólares e 72,5% em reais
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País exportou 39,8 milhões de sacas de café no ano civil,
melhor resultado histórico para o período até agora
O Brasil exportou 4,3 milhões de sacas de café em novembro deste ano, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume embarcado representa um aumento de 32,2% em relação a novembro de 2019 e se destaca como um novo recorde em exportações do produto para o mês, além do segundo maior embarque mensal deste ano. Os dados são do Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
A receita cambial gerada pelos embarques em novembro foi de US$ 542 milhões, aumento de 32,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na conversão em reais, o valor foi de R$ 2,9 bilhões, a maior receita para o mês nos últimos cinco anos, com crescimento de 72,5% em relação ao novembro de 2019. Já o preço médio da saca de café no mês foi de US$ 124,90.
Com relação as variedades exportadas, o café arábica representou 85,1% do volume total exportado, equivalente a 3,7 milhões de sacas; o café conilon (robusta) atingiu a participação de 7,7%, com o embarque de 334 mil sacas; e o café solúvel representou 7,2% das exportações, com 313,4 mil sacas exportadas. Entre as variedades, o café arábica se destacou pelo aumento de 33,9% nas vendas em comparação a novembro de 2019 e o conilon apresentou crescimento de 63,6%.
“Os resultados de exportação
do café brasileiro, apresentados no mês de novembro, surpreenderam mais uma vez
por sua excelente performance, tanto pelos registros em volume quanto pelo
econômico. A receita em reais foi 72,5% superior em relação ao mesmo mês no ano
passado, confirmando o trabalho sólido e eficiente de toda a cadeia do
agronegócio café, salientando os esforços nas exportações. Ficamos muito
satisfeitos com o fato de o setor conseguir enfrentar um ano tão desafiador com
sustentabilidade e proteção à saúde de todos os colaboradores, conseguindo garantir
que a xícara de café chegue à mesa dos consumidores de todo o mundo, com
qualidade e segurança. Realizamos no último dia 4 a quarta e última edição do
webinar voltado para o agronegócio café. Uma percepção que nos deixou muito
felizes foi a integração e alinhamento de pensamentos e ideias entre todos os
segmentos da cadeia ali presentes. É por isso também, que a cada três xícaras
de café que o consumidor bebe no mundo, mais de uma é de café brasileiro,
confirmando claramente que seguimos firmes e fortes no consumo global” declara
Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Ano civil
De janeiro a novembro, o Brasil exportou 39,8 milhões de sacas de café, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita cambial atingiu US$ 5 bilhões, alta de 6,7%. Na conversão em reais, a receita foi equivalente a R$ 25,9 bilhões, registrando crescimento de 40% em relação a jan-nov 2019. Tanto o volume exportado quanto a receita cambial em dólares e em reais no ano civil foram os maiores dos últimos cinco anos para o período. Já o preço médio foi de US$ 126,45, aumento de 1% em relação ao ano passado.
Entre as variedades
embarcadas no ano civil, o café robusta se destacou pelo aumento de 25,7% nas
exportações, se comparado ao volume da variedade exportado de janeiro a
novembro de 2019. A variedade de café correspondeu a 11,4% do volume total
embarcado no período, equivalente a 4,5 milhões de sacas. Já o café arábica
teve participação de 79,3% nas exportações, com 31,5 milhões de sacas, enquanto
que o café solúvel correspondeu a 9,3% dos embarques de janeiro a novembro, com
3,7 milhões de sacas.
Principais destinos
No ano civil, os dez principais países consumidores de café brasileiro foram, respectivamente: Estados Unidos, que importaram 7,2 milhões de sacas (18,2% do total embarcado no período); Alemanha, com 6,7 milhões de sacas (16,9%); Bélgica, com 3,3 milhões de sacas (8,4%); Itália, com 2,8 milhões de sacas (7,2%); Japão, com 2,1 milhões de sacas (5,2%); Turquia, com 1,3 milhão de sacas (3,3%); Federação Russa, com 1,1 milhão de sacas (2,9%); México, com 971,9 mil sacas (2,4%); Espanha, com 856,5 mil sacas (2,2%); e Canadá, com 809,2 mil sacas (2%).
Entres os destinos, a Bélgica se destacou pelo crescimento de 42,6% na importação do produto brasileiro na comparação com o ano passado. A Turquia, a Federação Russa e o México também registraram aumento significativo no consumo do café brasileiro, de 16,8%, 17,2% e 13,3%, respectivamente, enquanto que a Alemanha e a Espanha apresentaram crescimento de 7,9% e 6,5%, nesta ordem.
Já entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 34,7% nas exportações para os países da América do Sul; 50,9% para a África; 99% para a América Central; 23,3% para os países do Leste Europeu; 26,7% para os países do BRICS; 12,9% para os países árabes, além do aumento de 42,2% nos embarques para os países produtores de café. Vale destacar que, nos dois continentes mais afetados pela Covid-19, Europa e América do Norte, o Brasil apresentou crescimento nas exportações para os países dos dois continentes, de 5,4% e de 1,4%, respectivamente.
Também vale destacar, por
fim, o aumento de 60,3% nas exportações brasileiras de café verde para países
produtores no período, equivalente a 2,1 milhões de sacas.
Diferenciados
No ano civil (jan-nov/2020), o Brasil exportou 7 milhões de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis). O dado representa 17,7% da quantidade total de café brasileiro exportado no período e também um aumento de 1,4% em relação ao volume de cafés diferenciados exportado de janeiro a novembro de 2019. O dado também confere o maior volume desse tipo de café embarcado para o período nos últimos cinco anos. Já a receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados foi de US$ 1,1 bilhão, representando 22,8% do valor total gerado com as exportações neste ano até agora.
Os principais destinos dos
cafés diferenciados, que representam 78,7% dos embarques com diferenciação,
foram, respectivamente: EUA, que importaram 1,5 milhão de sacas (21% do volume
total embarcado no ano civil); Alemanha, com 1 milhão de sacas (14,7%);
Bélgica, com 880,1 mil sacas (12,5%); Japão, com 582,4 mil sacas (8,3%);
Itália, com 506 mil sacas (7,2%); Reino Unido, com 234,7 mil sacas (3,3%);
Espanha, com 226 mil sacas (3,2%); Canadá, com 215,8 mil sacas (3,1%); Suécia,
com 210,6 mil sacas (3%); e Países Baixos, com 176 mil sacas (2,5%).
Ano-Safra 2020/21
Nos cinco primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul-nov), o Brasil registrou também a melhor performance dos últimos cinco anos em termos de volume de café exportado. No período, foram embarcados 19,8 milhões de sacas de café, crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. As exportações de café arábica de julho a novembro foram de 15,8 milhões de sacas (crescimento de 16,5% em relação a mesma base comparativo de 2019). Já os embarques de café conilon foram de 2,4 milhões de sacas (aumento de 21,8%) e os de solúvel foram de 1,6 milhão.
A receita cambial no
Ano-Safra até agora chegou a US$ 2,4 bilhões, alta de 12,8% no período. Na
conversão em reais, a receita foi equivalente a R$ 13,2 bilhões, aumento de
52,1% em relação aos cinco primeiros meses do Ano-Safra 2019/20.
Portos
O Porto de Santos se manteve
na liderança da maior parte das exportações no ano civil de 2020, com 77,6% do
volume total exportado a partir dele (equivalente a 30,9 milhões de sacas). Em
segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 15,2% dos embarques (6
milhões de sacas).
Cecafé
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