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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Mercado de trabalho e as mudanças para 2021: Veja as principais habilidades e como acompanhar esse movimento

  Especialista comenta sobre as principais habilidades citadas pelo relatório Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial


A pandemia de COVID 19 trouxe para todo mundo muitos desafios e mudanças, com isso, as empresas e os profissionais foram submetidos a acelerar a chegada do futuro do trabalho.  Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira, mostra a importância de acompanhar o ritmo da mudança e traz dicas para expandir e desenvolver a base de conhecimento sobre o futuro do emprego e as habilidades para os profissionais, neste novo movimento que chegou antes do que previam analistas.

Segundo um estudo divulgado recentemente pelo Fórum Mundial da Economia, há um notável aumento da tecnologia no trabalho, o que requer novas habilidades e constante requalificação. E em 2025, os recursos de máquinas e algoritmos serão mais amplamente empregados do que nos últimos anos, e as horas de trabalho realizadas por máquinas corresponderá ao tempo gasto trabalhado por seres humanos. E alerta que esse movimento pode atrapalhar as perspectivas de empregos em vários setores.

Além disso, segundo dados do relatório Futuro do Trabalho, 15% da força de trabalho de empresas estará em risco até 2025, e em média 6% das companhias esperam que os trabalhadores sejam totalmente deslocados de função. O relatório ainda projeta, que em médio prazo, haverá um crescimento nos ‘Empregos do Amanhã’, onde será uma demanda crescente para profissionais que desenvolverem as habilidades que fazem superar os robôs.

“Nós já sabemos que a tecnologia ganhará um espaço de destaque no mercado de trabalho, pois isso já vinha ocorrendo antes da pandemia e o processo acelerou bastante ao longo do ano. O que precisa ser levado em conta hoje, é um conjunto de habilidades como: inteligência emocional, adaptação, flexibilidade, pensamento crítico e habilidade com tecnologia. Assim os profissionais conseguirão superar os desafios dessa fase de forma mais fluída. ”, comenta, Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira. 

A automação junto com a recessão do coronavírus tem criado uma dupla interrupção para os profissionais e de acordo com o Fórum Econômico Mundial, a adoção de tecnologia pelas empresas transformará tarefas, empregos e habilidades até 2025. Ainda se estima que até 2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir e serão adaptados a nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.

Como mudar o jogo?

Para que esse cenário seja positivo, é importante focar nas habilidades que podem auxiliar na resolução de problemas, autogestão, tolerância ao estresse e flexibilidade, por exemplo. Outra mudança que já chegou para a maioria dos profissionais, foi o trabalho remoto e a forma de digitalizar rapidamente os processos de trabalho, mas esse é apenas o começo.

“Dentro desse cenário do futuro do trabalho, vemos um grande potencial dos profissionais operando remotamente, e isso traz uma preocupação sobre a relação entre produtividade e estresse. Mas para lidar com as demandas de saúde mental, espera-se que as empresas adotem medidas pró ambientais dedicadas à qualidade de vida e bem-estar." explica, Rebeca Toyama.

A requalificação não pode ficar de fora neste momento, pois sabemos que existem muitos empregos que serão extintos, e por outro lado, muitos profissionais que não podem mais esperar por uma reciclagem de trabalho. Portanto, a janela de oportunidade está na requalificação e nas habilidades essenciais que mudará nos próximos cinco anos.

“O que os profissionais devem fazer é se antecipar e se requalificar, adaptar-se às novas funções disponíveis, e resgatar as habilidades que só os humanos possuem. Além disso, é importante estar atento aos avanços científicos, tecnológicos e as tendências de mercado para saber como será o futuro. ”, finaliza, Rebeca Toyama.


Dicas para superar esse desafio

E para auxiliar os profissionais neste novo grande passo, a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama preparou as 7 dicas para se desenvolver as principais habilidades que os empregadores veem crescendo até 2025, de acordo com o Relatório Futuro do Trabalho de 2020.

 1- Pensamento crítico e análise: Diferencie fatos de opiniões, busque dados antes de se posicionar. Aprofunde-se no conhecimento e cuidado com as fake news;

 2- Resolução de problemas: O foco deve estar na solução e essa solução, provavelmente, ainda não existe e você tem a oportunidade de criá-la. Lembre-se que tarefas repetitivas no trabalho podem ser substituídas por máquinas ou computadores e dados em conjunto são processados por algoritmos. Assim, vá além e entenda como usar estes mecanismos;

 3- Habilidades em autogestão: Tente equilibrar motivação externa com automotivação, mova-se mais pelos resultados do que pela opinião dos outros. Crie mecanismos para avaliar seu desempenho: números, metas, crescimento da base de tarefas e a inclusão de trabalhos correlacionados;

 4- Aprendizagem ativa: Life long learning é o termo da moda. Por isso, expanda sua capacidade de aprendizagem para além dos livros e cursos, erros são excelentes formas de aprendizagem. Busque temas com os quais você lida e esteja aberto a conhecer novas ferramentas para aprimorar seu trabalho;

 5- Resiliência: Use seu propósito como eixo central, ter um referencial interno ajuda a superarmos os desafios externos;

 6- Tolerância ao estresse: Mantenha-se conectado com seus valores pessoais, isso diferencia o estresse emocional do estresse criativo. Organize a sua rotina e seu tempo no home office;

 7- Flexibilidade: Autoatualização, fique atento aos seus modelos mentais, paradigmas e vieses cognitivos para descartar os que não servem mais. Assim fica mais fácil lidar com mudanças e opiniões adversas.

 



Rebeca Toyama - fundadora da RTDHO e ACI empresa com foco em bem-estar e educação corporativa. Especialista em estratégia de carreira e saúde financeira. Possui formações em administração, psicologia, marketing e tecnologia.  Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), Instituto Filantropia e Universidade Fenabrave.


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