A pandemia de COVID 19 trouxe para todo mundo
muitos desafios e mudanças, com isso, as empresas e os profissionais foram
submetidos a acelerar a chegada do futuro do trabalho. Rebeca
Toyama, especialista em estratégia de carreira, mostra
a importância de acompanhar o ritmo da mudança e traz dicas para expandir e
desenvolver a base de conhecimento sobre o futuro do emprego e as habilidades
para os profissionais, neste novo movimento que chegou antes do que previam
analistas.
Segundo um estudo divulgado recentemente pelo Fórum
Mundial da Economia, há um notável aumento da tecnologia no trabalho, o que
requer novas habilidades e constante requalificação. E em 2025, os recursos de
máquinas e algoritmos serão mais amplamente empregados do que nos últimos anos,
e as horas de trabalho realizadas por máquinas corresponderá ao tempo gasto
trabalhado por seres humanos. E alerta que esse movimento pode atrapalhar as
perspectivas de empregos em vários setores.
Além disso, segundo dados do relatório Futuro do
Trabalho, 15% da força de trabalho de empresas estará em risco até 2025, e em
média 6% das companhias esperam que os trabalhadores sejam totalmente
deslocados de função. O relatório ainda projeta, que em médio prazo, haverá um
crescimento nos ‘Empregos do Amanhã’, onde será uma demanda crescente para
profissionais que desenvolverem as habilidades que fazem superar os robôs.
“Nós já sabemos que a tecnologia ganhará um espaço
de destaque no mercado de trabalho, pois isso já vinha ocorrendo antes da
pandemia e o processo acelerou bastante ao longo do ano. O que precisa ser
levado em conta hoje, é um conjunto de habilidades como: inteligência
emocional, adaptação, flexibilidade, pensamento crítico e habilidade com
tecnologia. Assim os profissionais conseguirão superar os desafios dessa fase
de forma mais fluída. ”, comenta, Rebeca Toyama, especialista em estratégia de
carreira.
A automação junto com a recessão do coronavírus tem
criado uma dupla interrupção para os profissionais e de acordo com o Fórum
Econômico Mundial, a adoção de tecnologia pelas empresas transformará tarefas,
empregos e habilidades até 2025. Ainda se estima que até 2025, 85 milhões de
empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos
e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir e serão adaptados
a nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.
Como mudar o jogo?
Para que esse cenário seja positivo, é importante
focar nas habilidades que podem auxiliar na resolução de problemas, autogestão,
tolerância ao estresse e flexibilidade, por exemplo. Outra mudança que já
chegou para a maioria dos profissionais, foi o trabalho remoto e a forma de
digitalizar rapidamente os processos de trabalho, mas esse é apenas o começo.
“Dentro desse cenário do futuro do trabalho, vemos
um grande potencial dos profissionais operando remotamente, e isso traz uma
preocupação sobre a relação entre produtividade e estresse. Mas para lidar com
as demandas de saúde mental, espera-se que as empresas adotem medidas pró
ambientais dedicadas à qualidade de vida e bem-estar." explica, Rebeca
Toyama.
A requalificação não pode ficar de fora neste
momento, pois sabemos que existem muitos empregos que serão extintos, e por
outro lado, muitos profissionais que não podem mais esperar por uma reciclagem
de trabalho. Portanto, a janela de oportunidade está na requalificação e nas
habilidades essenciais que mudará nos próximos cinco anos.
“O que os profissionais devem fazer é se antecipar
e se requalificar, adaptar-se às novas funções disponíveis, e resgatar as
habilidades que só os humanos possuem. Além disso, é importante estar atento
aos avanços científicos, tecnológicos e as tendências de mercado para saber
como será o futuro. ”, finaliza, Rebeca Toyama.
Dicas para superar esse desafio
E para auxiliar os profissionais neste novo grande
passo, a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama preparou
as 7 dicas para se desenvolver as principais habilidades que os empregadores
veem crescendo até 2025, de acordo com o Relatório Futuro do Trabalho de 2020.
1- Pensamento crítico e análise: Diferencie
fatos de opiniões, busque dados antes de se posicionar. Aprofunde-se no
conhecimento e cuidado com as fake news;
2- Resolução de problemas: O foco deve
estar na solução e essa solução, provavelmente, ainda não existe e você tem a
oportunidade de criá-la. Lembre-se que tarefas repetitivas no trabalho podem
ser substituídas por máquinas ou computadores e dados em conjunto são
processados por algoritmos. Assim, vá além e entenda como usar estes
mecanismos;
3- Habilidades em autogestão: Tente
equilibrar motivação externa com automotivação, mova-se mais pelos resultados
do que pela opinião dos outros. Crie mecanismos para avaliar seu desempenho:
números, metas, crescimento da base de tarefas e a inclusão de trabalhos
correlacionados;
4- Aprendizagem ativa: Life long
learning é o termo da moda. Por isso, expanda sua capacidade de aprendizagem para
além dos livros e cursos, erros são excelentes formas de aprendizagem. Busque
temas com os quais você lida e esteja aberto a conhecer novas ferramentas para
aprimorar seu trabalho;
5- Resiliência: Use seu
propósito como eixo central, ter um referencial interno ajuda a superarmos os
desafios externos;
6- Tolerância ao estresse: Mantenha-se
conectado com seus valores pessoais, isso diferencia o estresse emocional do
estresse criativo. Organize a sua rotina e seu tempo no home office;
7- Flexibilidade: Autoatualização,
fique atento aos seus modelos mentais, paradigmas e vieses cognitivos para
descartar os que não servem mais. Assim fica mais fácil lidar com mudanças e
opiniões adversas.
Rebeca Toyama - fundadora da RTDHO e ACI empresa
com foco em bem-estar e educação corporativa. Especialista em estratégia de carreira
e saúde financeira. Possui formações em administração, psicologia, marketing e
tecnologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante,
empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia
transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração
de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da
pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal),
Instituto Filantropia e Universidade Fenabrave.
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