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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Gastar ou poupar? Saiba o que fazer com seu 13°

Victor Loyola, especialista em finanças, dá dicas de como usar melhor o dinheiro que chega no fim do ano


Não são só as festas que deixam as pessoas mais felizes no fim do ano. Também é a época do 13° salário, salário extra pago a aposentados, funcionários públicos ou que trabalham em regime CLT. Em um ano difícil como 2020, muita gente teve problemas para manter o equilíbrio da vida financeira. Por isso, é fundamental avaliar com cuidado como aproveitar esse dinheiro a mais. 

Para o CEO da ConsigaMais+, Victor Loyola, o planejamento do que será feito com o 13° salário deve ser feito com a mesma atenção do que o planejamento do resto do ano. “O 13° é um dinheiro extra, mas, na prática, ele faz parte do seu salário. O dinheiro que você recebe como 13° corresponde a 8% do seu salário, que foi poupado, de forma “forçada”, ao longo do ano”, explica o especialista. Segundo ele, a forma como esse salário extra vai ser usado acaba sendo um reflexo do que foi feito durante o ano todo. 

“Muita gente acaba se endividando antes do fim do ano e esse dinheiro é usado para cobrir essas dívidas, nem há o que fazer. Por isso, a decisão do que fazer com o 13° tem como base o comportamento de cada um ao longo dos 12 meses do ano”, diz. 

Mas é melhor mesmo usar esse dinheiro a mais para pagar dívidas? De acordo com Loyola, nem sempre esse é o caminho. O ano da pandemia mostrou, mais do que nunca, a importância de ter reservas. Antes de quitar as dívidas, que sempre são uma dor de cabeça no nosso fluxo de caixa, é fundamental analisar se a convivência com a prestação da dívida é tolerável, se pode ser facilmente absorvida no fluxo de caixa mensal. Se a resposta for sim, passa a ser importante, já que ainda estamos em um momento de incertezas, construir uma reserva”, afirma. 

O especialista recomenda também evitar, o quanto for possível, a tentação de gastar em coisas supérfluas, ainda mais em um período de compras estimuladas pelas festas de fim de ano. Para ele, a melhor opção é deixar o dinheiro separado, em uma conta investimento, para que não seja usado de forma impulsiva. Segundo Loyola, o cuidado com as compras vale não só para o 13° salário, mas para o ano todo.

“A maior armadilha para as finanças são as compras parceladas. As parcelas se acumulam e dão a falsa impressão que a pessoa não está pagando a despesa inteira, mas o empilhamento de vários parcelados tornam a situação insustentável”, reforça. “O limite do cartão de crédito, muitas vezes, é superior à renda. Por isso, tenha em mente que você não pode ter uma fatura de cartão que supere o que você ganha por mês. Se essa situação se mantiver por meses seguidos, sua vida financeira será deteriorada rapidamente e, no fim do ano, o 13° vai servir apenas para cobrir esse buraco.”


 


Victor Loyola - cofundador e CEO da ConsigaMais+, empresa de crédito consignado. O profissional é formado em Engenharia Elétrica pela UNICAMP, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela FGV e MBA em Internacional Management pela Thunderbird School of Global Management. Possui mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro e serviços de informação, além de diversas experiências internacionais em cargos de liderança. Foi vice-presidente de Pessoa Jurídica e PME na Seresa Experian, de onde saiu em abril de 2019 para dedicar-se exclusivamente à Consiga Mais. Victor, junto à sua equipe, acredita na democratização do crédito no Brasil.



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