Levantamento
do programa Respeito à Vida revela que acidentes aumentam em rodovias e dentro
das cidades. Índice dobra nas cidades do Litoral e jovens são as principais
vítimas
Novo estudo do Respeito à Vida,
programa da Secretaria de Governo do Estado gerenciado pelo Detran.SP, mostra
que acidentes e fatalidades de trânsito aumentam no mês de dezembro na
comparação com a média dos demais meses. De acordo com as estatísticas do
Infosiga SP, a elevação não se restringe às rodovias, e o índice chega a dobrar
nas cidades do Litoral.
“O Verão será diferente por conta da
pandemia e a recomendação é de evitarmos aglomerações e viagens. No entanto, os
números mostram que é importante se precaver”, destaca o diretor-presidente do
Detran.SP, Ernesto Mascellani Neto.
No ano passado, dezembro foi o mês com
maior número de fatalidades de trânsito. Foram registradas 505 mortes em
acidentes, número 12,6% superior à média dos demais meses do ano (449 óbitos).
Em vias municipais, houve 250 vítimas e aumento de 12,5% na comparação com a
média anual. Nas rodovias que cortam o Estado, o incremento é de 11,2% em
dezembro, com registro de 230 óbitos. Em 25 ocorrências não foi possível
identificar com precisão a jurisdição da via.
Em 11 das 16 regiões administrativas do
Estado houve aumento dos índices: Barretos (+11,5%), Baixada Santista (+7,4%),
Central (+3,1%), São José do Rio Preto (+2,7%), Registro (+2,5%), Sorocaba
(+1,8%), Bauru (+1,3%), Metropolitana de São Paulo (+1%), São José dos Campos
(+0,8%), Araçatuba, (+0,5%) e Ribeirão Preto (+0,3%). As regiões com redução
dos índices em dezembro são Franca (-2,4%), Itapeva (-2,4%), Presidente
Prudente (-1,5%), Campinas (-0,7%) e Marília (-0,6%).
Quando analisamos somente as cidades
litorâneas do Estado, o cenário se mostra mais grave. Foram registrados 43
óbitos em dezembro, quase o dobro da média anual (22 óbitos), o que representa
um aumento de 49,5%. “Infelizmente, ainda é comum atitudes irresponsáveis nesse
período, como dirigir sob efeito de álcool e exceder os limites de velocidade,
vitimando principalmente jovens”, explica a coordenadora do programa Respeito à
Vida, Silvia Lisboa.
Jovens e motos lideram
O levantamento do programa Respeito à
Vida também traça o perfil dos acidentes e das vítimas de trânsito em dezembro.
Jovens com idade entre 18 e 34 anos representam 42% das vítimas, superando a
média dos demais meses (33,6%).
Motociclistas também lideram as
estatísticas e representam 41% das vítimas fatais, índice superior à média
anual desse grupo (35%). Na sequência, estão os ocupantes de automóveis (25% do
total em dezembro), pedestres (19%), ciclistas (7%), caminhoneiros (3%) e
passageiros de ônibus (2%). Cerca de 60% dos vítimas eram condutores de
veículos e 81% do sexo masculino.
As estatísticas do Infosiga SP mostram
ainda que 49,5% dos acidentes fatais em dezembro ocorreram em vias urbanas,
enquanto 45,5% das ocorrências foram em rodovias (em 5% dos casos não foi
possível identificar com precisão a jurisdição da via). Os principais tipos de
acidente são a colisão entre veículos (41% do total), atropelamentos (21%) e
choque contra objetos fixos (16%). As ocorrências estão concentradas no período
noturno (57%) e nos finais de semana (49%).
Por conta da pandemia, o Detran.SP
reforça a mensagem de que a população deve evitar viagens e aglomerações neste
período. Enquanto a vacina não chega, a prevenção segue sendo a principal arma
no combate à Covid 19.
Sobre o programa Respeito à Vida
Programa do Governo do Estado de São
Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de
trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do Detran.SP, envolve
ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde,
Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional,
Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.
O Respeito à Vida
também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no Brasil,
que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de trânsito
nos 645 municípios do Estado. O programa mobiliza a sociedade civil por meio de
parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do
terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a
realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.
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